A polícia ucraniana prendeu membros do grupo de ransomware conhecido como Cl0p, de acordo com um comunicado enviado à imprensa. A ação foi realizada em colaboração com a Interpol e agências de aplicação da lei da Coreia do Sul e dos Estados Unidos.
Segundo reportagem da Vice, o Departamento de Polícia Cibernética da Polícia Nacional da Ucrânia disse que realizou 21 buscas nas casas dos supostos cibercriminosos e em seus carros em Kiev e nos arredores. Os policiais dizem ter confiscado 500 milhões de hryvnia ucraniana (cerca de US$ 180 mil), computadores e carros.
Não está claro quantas pessoas foram presas e se as prisões atingiram os principais desenvolvedores e hackers por trás da gangue. A Vice apurou ainda que na manhã de quarta-feira, quando as prisões ocorreram, o site do Cl0p ainda estava online.
A polícia cibernética da Ucrânia disse à Vice que identificou seis criminosos, mas não pode citar o nome das pessoas envolvidas e outros detalhes para não prejudicar a investigação.
Nos últimos meses, o Cl0p atingiu dezenas de vítimas, criptografando seus arquivos e exigindo resgate. Mais recentemente, os cibercriminosos tentaram extorquir suas vítimas ameaçando vazar seus arquivos publicamente em seu site. Segundo a Vice, as vítimas incluem a gigante do petróleo Shell, a empresa de segurança Qualys, o banco norte-americano Flagstar, o escritório de advocacia global Jones Day, a Universidade de Stanford e a Universidade da Califórnia, entre outros.
Os atacantes conseguiram hackear algumas dessas vítimas tirando proveito de uma falha no Accellion File Transfer Appliance (FTA), um serviço de compartilhamento de arquivos usado por diversas empresas mundialmente.
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