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  • Reguladores de privacidade enviam carta aberta solicitando maior proteção em serviços de videoconferência


    Bruna Chieco

    Autoridades de proteção de dados e privacidade da Austrália, Canadá, Gibraltar, Hong Kong, Suíça e Reino Unido enviaram uma carta aberta a empresas de videoconferência (VTC) pedindo que reavaliassem como salvaguardam os direitos e dados de privacidade de cidadãos de todo o mundo. Com o aumento do uso desses serviços, decorrente do isolamento social para conter a pandemia do novo coronavírus (COVID-19), houve um maior número de relato de problemas de segurança enfrentados por algumas das plataformas, bem como preocupações diretamente levantadas com os próprios órgãos reguladores. 

    O WeLiveSecurity, portal de notícias da Eset, divulgou trechos da carta. “O objetivo desta carta aberta é expor nossas preocupações e esclarecer nossas expectativas e as medidas que você deve tomar como empresa de VTC para mitigar os riscos identificados e, finalmente, garantir que as informações pessoais de nossos cidadãos sejam protegidas de acordo com as expectativas do público, e de qualquer dano”, diz a carta assinada por comissários e reguladores de privacidade.

    A carta destaca como cinco princípios em que as empresas da VTC devem focar sua atenção a segurança, privacidade, conhecer seu público, transparência e justiça, e controle do usuário final. Apesar de destinar-se a todas as empresas que fornecem serviços de videoconferência,  Microsoft, Cisco, Zoom, House Party e Google receberam a carta diretamente. 

    Os reguladores esperam ainda que as empresas protejam os dados do usuário implementando certas garantias de segurança como padrão, como criptografia de ponta a ponta para todas as comunicações e autenticação por dois fatores para logins, além de pedir para que exijam que os usuários criem senhas fortes. Além disso, eles ressaltam a importância das pessoas atualizarem regularmente os programas para a versão mais recente, e que as empresas devem comunicar isso aos seus usuários.

    “Também deve ser dada atenção especial para garantir que as informações sejam adequadamente protegidas quando processadas por terceiros, inclusive em outros países”, diz a carta. Os signatários também reconhecem que a pandemia levou as plataformas a serem usadas de maneiras diferentes daquelas para as quais foram projetadas, o que pode abrir portas para ameaças imprevistas. Contudo, os reguladores incentivam as empresas a revisarem esses novos métodos de uso e a implementar as medidas necessárias de proteção de dados e privacidade.

    No que diz respeito à transparência e justiça, as empresas são solicitadas a estarem preparadas em relação aos dados que coletam e como lidam com eles. A carta avisa que não fazer isso pode levar a violações da lei e da confiança do usuário. Os reguladores de privacidade esperam receber respostas das empresas até 30 de setembro de 2020.

    Editado por Bruna Chieco


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