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    Bruna Chieco

    O colunista de tecnologia do Washington Post, Geoffrey A. Fowler, iniciou uma pesquisa sobre Smart TVs e descobriu que elas entraram na lista de sites e aplicativos e empresas de cartão de crédito que lucram com compartilhamentos e informação pessoal dos usuários. Ele cita especificamente como esse mercado funciona nos Estados Unidos, onde, segundo pesquisa da eMarketer, os americanos passam em média 3 horas e meia por dia em frente a uma TV. 

    Apesar dos registros de TV não conterem consultas de pesquisa confidenciais ou dados financeiros, há um histórico que abre uma janela para os interesses dos usuários e que compõem sua personalidade, o suficiente para que empresas saibam os gostos pessoais de alguém e construam uma base de dados. Fowler explica, em um artigo publicado no Washington Post, que realizou um experimento em sua própria TV Samsung conectada à Internet, bem como em novos modelos de Smart TVs de outras marcas mais vendidas nos Estados Unidos: TCL Roku TV, Vizio e LG. Ele configurou cada TV e por meio de um software da Universidade de Princeton chamado IoT Inspector observou como os modelos transmitiam dados. "Muitos saíram de aplicativos de streaming e de seus parceiros de publicidade. Mas mesmo quando mudei para um sinal de transmissão ao vivo, pude ver cada TV enviando relatórios uma vez por segundo", conta em seu artigo.

    Ele diz ainda que quando o rastreamento está ativo, algumas TVs gravam e compartilham tudo que cruza os pixels na tela, mesmo a fonte sendo um cabo, um aplicativo, um DVD player ou uma caixa de streaming. A desculpa dos fabricantes de TV para isso é que acompanhar o que assistimos os ajuda a fornecer recomendações personalizadas úteis. Mas o rastreamento de TV é principalmente direcionado a anunciantes e empresas de mídia. Fowler entrou em contato com essas empresas, que disseram que o conteúdo enviado pelas fabricantes de TV pode ser medido para que os anúncios sejam bem segmentados e monitorados quanto ao desempenho. Além disso, esses dados também são cruzados com o que o usuário faz em seu telefone, tablet e laptop. ?

    Já publicamos aqui uma matéria sobre como somos constantemente rastreados em aplicativos e sites por aí, e uma maneira de detectar isso é por meio do aplicativo Spod VPN, por enquanto disponível para iOS e que combina uma VPN a um filtro web para bloquear rastreadores e ameaças em apps e páginas da Web. É uma boa maneira de começar a se proteger desse monitoramento, que aparentemente se estenderá para qualquer coisa conectada à Internet. ?

    Editado por Bruna Chieco


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