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Bruna Chieco

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Tudo que Bruna Chieco postou

  1. O Bitcoin era até então o método de pagamento de escolha para cibercriminosos, mas aparentemente outra criptomoeda está surgindo como preferência entre eles. Segundo o Ars Technica, o Bitcoin ainda deixa um rastro visível de transações em seu blockchain subjacente, enquanto o Monero foi projetado para obscurecer o remetente e o destinatário, bem como a quantia trocada. Isso resulta na escolha do Monero como uma ferramenta cada vez mais procurada por gangues de ransomware, diz o site. A ascensão do Monero ocorre em um momento em que as autoridades correm para reprimir o crime cibernético após uma série de ataques audaciosos, em especial o ocorrido na Colonial Pipeline. O Monero foi lançado como um projeto de código aberto em 2014 por um usuário de um fórum bitcoin com o pseudônimo thankful_for_today. Seu documento original argumentava que a rastreabilidade do bitcoin era uma "falha crítica", acrescentando que "privacidade e anonimato são os aspectos mais importantes do dinheiro eletrônico". Bryce Webster-Jacobsen, Diretor de Inteligência do GroupSense, grupo de segurança cibernética que ajudou um número crescente de vítimas a pagar resgates em Monero, afirmou ao Ars Technica que grupos de ransomware estão mudando especificamente para essa criptomoeda reconhecendo a capacidade de cometer erros com o uso de Bitcoins, que permitem que as transações de blockchain revelem sua identidade. O REvil, por exemplo, aparentemente removeu a opção de pagar em Bitcoin este ano, exigindo apenas Monero, de acordo com Brett Callow, Analista de Ameaças da Emsisoft. Enquanto isso, tanto o DarkSide, o grupo culpado pelo ataque à Colonial Pipeline, quanto o Babuk, outra gangue de cibercrime, permitem pagamentos em qualquer criptomoeda, mas cobram um prêmio de 10% a 20% das vítimas que pagam em Bitcoins mais arriscados, dizem os especialistas. A ausência de uma trilha digital para o Monero é problemática para a polícia, que normalmente trabalha com grupos analíticos de criptomoedas do setor privado para rastrear transações suspeitas no livro razão digital do Bitcoin.
  2. Quatro falhas de segurança separadas afetam cerca de 30 milhões de endpoints individuais da Dell em todo o mundo. Segundo o ThreatPost, as vulnerabilidades dariam aos invasores controle e persistência quase completos sobre os dispositivos visados. Os bugs de alta gravidade foram encontrados pelos pesquisadores da Eclypsium, e podem permitir que atacantes remotos obtenham execução arbitrária de código no ambiente de pré-inicialização dos dispositivos Dell. De acordo com uma análise da empresa de segurança, os bugs afetam 129 modelos de laptops, tablets e desktops, incluindo dispositivos corporativos e de consumo, protegidos pelo Secure Boot, padrão de segurança que visa garantir que um dispositivo seja inicializado usando apenas software confiável para o fabricante do equipamento original. As falhas permitem que adversários de rede privilegiados contornem as proteções de inicialização segura, controlem o processo de inicialização do dispositivo e subvertam o sistema operacional e os controles de segurança de camadas superiores, dizem os pesquisadores. Os problemas afetam o recurso BIOSConnect do Dell SupportAssist, uma solução de suporte técnico pré-instalada na maioria das máquinas Dell baseadas em Windows e utilizada para realizar recuperações remotas do sistema operacional ou para atualizar o firmware no dispositivo. O relatório da Eclypsium observou que as vulnerabilidades específicas permitem que um invasor explore remotamente o firmware UEFI de um host e obtenha controle sobre o código mais privilegiado do dispositivo. A primeira vulnerabilidade, CVE-2021-21571, é o início de uma cadeia que pode levar à execução arbitrária de código. As outras três vulnerabilidades distintas e independentes (CVE-2021-21572, CVE-2021-21573, CVE-2021-21574) ajudam os atacantes a obter a execução arbitrária de código no ambiente de pré-inicialização no dispositivo de destino, disseram os pesquisadores.
  3. Atuando na área de segurança há cerca de 10 anos, Fernando Pinheiro (@n3k00n3) possui uma trajetória admirável de alguém que começou a se interessar sozinho por hackear e a partir disso desenvolveu uma carreira que o levou ao cargo de pentester. Mas sua história tem outro fator ainda mais relevante. Se considerando uma pessoa não-binária, Fernando não se identifica com o gênero feminino ou masculino. Esse é um fato que, dentro de sua caminhada profissional, nunca passou a ser relevante ou participar do seu dia a dia. Mas na sua visão, existem poucas oportunidades de conversar sobre o tema na área por ser um ambiente predominantemente masculino e machista. Fernando conta que esse assunto ainda é considerado um tabu na profissão, apesar de nunca ter interferido na sua carreira, que iniciou em Salvador (BA), onde nasceu. Fernando sempre consumiu muito conteúdo da comunidade de segurança da informação, mas o que despertou isso não foi um desejo pela profissão em si. "Meu interesse na área começou logo depois de ver uns jogos na lan house. Tinha que pagar para poder jogar e eu não tinha dinheiro. Eu via meus amigos aumentando de level e eu não conseguia evoluir tanto quanto eles, uma vez que não conseguia pagar as horas. No início foi estranho, mas me deu esse start. Foi aí que eu achei uma vulnerabilidade no aplicativo de gerência da lan house e consegui administrar as horas de todas as pessoas, tendo hora o suficiente para jogar o dia todo", conta em entrevista ao Mente Binária. Depois de um tempo, o administrador da lan house descobriu e criou uma nova versão do aplicativo. Mas Fernando insistiu no hacking até ser expulso da lan house. "Eu já tinha visto em filmes, entendia a ideia dos hackers, mas meu objetivo não era ser hacker, era só jogar. Foi o início de tudo, que chamou minha atenção", diz. E foi mesmo a vontade de jogar que despertou mais a sua curiosidade sobre hacking. Em casa, Fernando pesquisava sobre computação para tentar melhorar seu próprio computador, e acabou encontrando blogs com bastante informação sobre o tema. "Comecei a estudar mais, buscar conhecimento sobre, por exemplo, como funcionavam as vulnerabilidades de aplicações web". Na época com aproximadamente 15 anos, Fernando lia revistas para entender a parte de sistemas operacionais, mas ainda assim não levava tão a sério a história de virar hacker. "Aprendi umas coisas básicas do sistema que ajudaram mais tarde. Meu pai foi um dos maiores apoiadores na época, trazia revistas com CD de computação ou com vários jogos e uma revista digital que ensinava algo. Isso me levou a estudar mais sobre computador em si. Meu pai gostava e me influenciou", destaca. "Só consegui emprego nesse setor quando fui morar em São Paulo" Carreira – Fernando não sabia que dava para trabalhar na área de segurança, mas tinha conhecimento sobre a atividade de programação ou no suporte. "Eu tinha de 19 para 20 anos quando descobri a área de pentest como profissão e que as pessoas pagavam para alguém encontrar falhas. Eu falava para meus amigos 'como assim estavam pagando por isso e a gente fazia de graça?'", lembra. Mesmo depois de descobrir que existia essa profissão, Fernando ainda passou por uma trajetória até virar pentester. "Eu trabalhei com suporte de Linux e como designer ligado à computação. Era legal enquanto não aparecia nada para trabalhar com segurança em si. Apesar de saber que existia a profissão e empresas que contratavam, parecia um mundo distante", diz Fernando, afirmando que em Salvador não tinha empresas na área, e que até hoje dificilmente se encontra uma empresa de segurança ofensiva na região. "Só consegui emprego nesse setor quando fui morar em São Paulo", conta. Mas enquanto ainda trabalhava com suporte de Linux, Fernando estudou e fez cursos sobre manutenção de computadores e redes. "Esse estágio foi em uma cooperativa de software livre, e foi onde eu me encontrei usando Linux, que era algo que eu gostava, pois era uma das base de segurança e estava no meio de uma comunidade ainda maior, com a filosofia hacker vivendo dentro desse ambiente", disse. Fernando ficou nessa empresa/cooperativa durante um pouco mais de 1 ano e depois conseguiu uma vaga como voluntário na Universidade Federal da Bahia (UFBA) para trabalhar como pentester. "Foi meu primeiro trabalho nessa área, mas não era só pentester, eram vários tipos de trabalho. Um deles era resposta a incidentes na automatização de tarefas. A Universidade era muito grande, não era o maior foco achar falha de segurança, mas esse foi o pontapé para a área", conta. Fernando participando do Nullbyte, encontro da comunidade hacker, em 2015 Experiência na área de segurança – Depois da Universidade, onde ficou por uns 6 meses, Fernando participou de um projeto de verão chamado Rails Girls Summer of Code. Lá, aprendeu a desenvolver a linguagem de programação chamada Ruby on Rails para ajudar na segurança da aplicação. "Esse projeto durou cerca de 3 meses, e aí fui para uma empresa de segurança defensiva para implementar soluções de segurança como firewall, antivírus e WAFs. Era o outro lado da moeda", conta. A partir dessa experiência, Fernando conseguiu ver como eram implementadas as soluções de segurança para impedir ataques e como esses ambientes eram gerenciados. "Isso chamou minha atenção sobre como explorar de forma melhor. Eu passei por vários clientes, principalmente de governo, e dava para entender como estavam as falhas e por que existiam. Isso me ajudou bastante a entender uma aplicação ou uma infraestrutura". Depois disso, Fernando foi para São Paulo trabalhar na Cipher, onde atua até hoje. No meio disso, ainda passou por uma empresa de consultoria. "Basicamente, meu dia a dia é encontrar falhas de segurança em aplicações web, aplicações mobile, API, e infraestrutura. Cada semana tem um projeto novo, com linguagens de programação diferentes e desenvolvidas por pessoas diferentes". Dá uma olhada nas publicações que Fernando faz com base em pesquisas que também realiza no tempo livre em seu Blog. Fernando esteve entre os finalistas do Hackaflag em 2014 Quebrando tabus – Fernando destaca que o fato de não se pronunciar muito sobre seu posicionamento de gênero dentro da comunidade LGBTQIA+ talvez seja um dos motivos que fizeram com que esse tema nunca tenha interferido em toda a sua trajetória. "Eu já vi algumas situações em que isso interferiu na vida de outras pessoas, como se isso fosse um demérito ou influenciasse na questão técnica de alguém. Isso é bem diferente do que a comunidade em si e a história do hacking diz", afirma. Citando o Manifesto Hacker, Fernando diz que o que importa é o conhecimento técnico, e não a identidade de gênero ou a sexualidade de alguém. "Isso não quer dizer nada para a comunidade, e sim seu conhecimento científico/técnico e como isso ajuda a comunidade. Esse manifesto fala sobre isso, mas em muitas situações eu vi o oposto", lamenta. Por ainda ser um tema delicado diante de um universo com a mentalidade mais fechada, Fernando não costuma levantar esse assunto com receio da reação da comunidade, de como as pessoas veriam e como isso afetaria sua vida profissional. Contudo, conta uma experiência em que pôde falar mais abertamente sobre o assunto em um hacker space – Raul Hacker Club – em Salvador, onde várias pessoas da área de hacking, TI e desenvolvimento falavam sobre a pauta. "Hacking é liberdade, é quebrar padrões" O verdadeiro hacking – Nas redes sociais, Fernando se classifica abertamente como não-binário, mas ainda assim acredita que falta um debate em si na área de segurança que aborde a comunidade LGBTQIA+. "Se pessoas da comunidade colocam isso em seus perfis, acho que chama atenção para um debate. E publicar sobre isso chama atenção para o assunto, já que são pessoas que estão na área há um tempo e isso não influencia em nada na vida profissional em termos de conteúdo técnico. Isso não deixou ninguém menos hacker, menos desenvolvedor", pontua. Fernando observa que nesse último ano houve uma mudança no cenário, e neste mês de junho, no qual é celebrado o Orgulho LGBTQIA+, o número de pessoas que publicaram sobre o assunto em suas redes aumentou. "Pessoas técnicas, que geralmente postam algo técnico, publicaram sobre o orgulho LGBTQIA+. Existem mais pessoas trans na área falando sobre isso e ajudando outras pessoas a entrarem na área", diz, citando ainda que houve uma recente visibilidade e reconhecimento de mulheres trans na comunidade hacker. Para Fernando, falar sobre o tema é se auto afirmar, lembrar que existe, e faz parte da filosofia dos hackers. "Hacking é liberdade, é quebrar padrões, é achar maneiras de subverter algo. Essas pessoas estão hackeando um padrão estabelecido há muito tempo. Somos hackers, por que não exercer isso na área de segurança? Por que não falar sobre o assunto?", questiona. Fernando incentiva a todos a abordarem esse assunto sem medo. "Seja seu melhor, independente de sua crença, de sua orientação. Falar sobre isso vai ser bom, e não influencia no seu quesito técnico. Falem sobre isso, hackeiem!". ?️‍?
  4. O Google está trabalhando para permitir que código Rust seja utilizado no kernel Linux, o que se trata de uma grande mudança tecnológica e cultural após décadas usando apenas a linguagem C. Para isso, a empresa financiará o projeto com o objetivo aumentar a segurança do sistema operacional, conforme publicou o CNet. A empresa já financia um projeto do Internet Security Research Group para deixar toda a Internet mais segura. Trata-se de um módulo para o Apache HTTP web server (ou simplesmente httpd), que é um software livre, sendo o servidor web mais utilizado no mundo, também escrito em linguagem C, utilizando a linguagem chamada Rust. Agora, o projeto permite possível adicionar novos elementos escritos em Rust no coração do Linux, chamados de kernel, o que tornaria os sistemas operacionais Android e Chrome do Google mais seguros. Miguel Ojeda está sendo contratado para escrever software em Rust para o kernel Linux. O Google está pagando pelo contrato, que será estendido por meio do Internet Security Research Group. A melhor segurança para o Linux é uma boa notícia para todos, exceto para os atacantes. Além dos sistemas operacionais Android e Chrome, os serviços do Google, como YouTube e Gmail, contam com servidores que executam Linux. Ele também capacita a Amazon e o Facebook, e é um acessório nos serviços de computação em nuvem. Não está claro se os líderes do kernel do Linux irão acomodar o Rust. Segundo o CNet, Linus Torvalds, o fundador do Linux, disse que está aberto a mudanças se o Rust para Linux provar seu valor.
  5. Spammers estão colocando links não seguros dentro de imagens de perfil do Tinder. A tendência recente foi observada pelo BleepingComputer, com um número notável de perfis de namoro falsos inundando o aplicativo de namoro. Vários perfis de spam do Tinder revisados pelo BleepingComputer compartilham algumas características comuns. Por exemplo, quase todos tinham a imagem de uma pessoa seguida por outra mostrando um domínio NSFW (Not Safe for Work ou Não seguro para o trabalho) escrito à mão em um cartaz. Essa técnica abusa de imagens de perfil para colocar imagens de domínios escritos à mão dentro deles. A finalidade dos perfis é exclusivamente atrair os usuários para visitar links de spam – levando a sites de namoro de terceiros ou links não seguros. O que faz essa tendência continuar é que as imagens personalizadas contém versões manuscritas de links muito mais difíceis de detectar ou remover automaticamente em massa. Por isso, o BleepingComputer recomenda que os usuários de aplicativos de namoro evitem visitar links duvidosos e, idealmente, relatem perfis de spam para manter as comunidades de namoro online seguras para todos.
  6. A polícia ucraniana prendeu membros do grupo de ransomware conhecido como Cl0p, de acordo com um comunicado enviado à imprensa. A ação foi realizada em colaboração com a Interpol e agências de aplicação da lei da Coreia do Sul e dos Estados Unidos. Segundo reportagem da Vice, o Departamento de Polícia Cibernética da Polícia Nacional da Ucrânia disse que realizou 21 buscas nas casas dos supostos cibercriminosos e em seus carros em Kiev e nos arredores. Os policiais dizem ter confiscado 500 milhões de hryvnia ucraniana (cerca de US$ 180 mil), computadores e carros. Não está claro quantas pessoas foram presas e se as prisões atingiram os principais desenvolvedores e hackers por trás da gangue. A Vice apurou ainda que na manhã de quarta-feira, quando as prisões ocorreram, o site do Cl0p ainda estava online. A polícia cibernética da Ucrânia disse à Vice que identificou seis criminosos, mas não pode citar o nome das pessoas envolvidas e outros detalhes para não prejudicar a investigação. Nos últimos meses, o Cl0p atingiu dezenas de vítimas, criptografando seus arquivos e exigindo resgate. Mais recentemente, os cibercriminosos tentaram extorquir suas vítimas ameaçando vazar seus arquivos publicamente em seu site. Segundo a Vice, as vítimas incluem a gigante do petróleo Shell, a empresa de segurança Qualys, o banco norte-americano Flagstar, o escritório de advocacia global Jones Day, a Universidade de Stanford e a Universidade da Califórnia, entre outros. Os atacantes conseguiram hackear algumas dessas vítimas tirando proveito de uma falha no Accellion File Transfer Appliance (FTA), um serviço de compartilhamento de arquivos usado por diversas empresas mundialmente.
  7. Analistas da Avanan descobriram recentemente um vetor de exploração no Google Docs que está sendo utilizado por invasores para disseminar sites de phishing às vítimas. Segundo os pesquisadores, esse não é um tipo de ataque comum, mas é bastante simples de executar, principalmente porque o Google faz a maior parte do trabalho para os invasores. O ataque começa com um e-mail que inclui uma mensagem que pode ser relevante para usuários comerciais que costumam usar o Google Docs em seu ambiente corporativo. Se um usuário clicar no link, a página parecerá familiar para qualquer pessoa que use o Google Docs para compartilhar documentos fora da organização. Esta, no entanto, não é aquela página, e sim uma página HTML personalizada feita para se parecer com a familiar página de compartilhamento do Google Docs. Uma vez redirecionadas, as vítimas em potencial são solicitadas a “clicar aqui” para baixar o documento. Se um usuário clicar, a página redireciona para o site de phishing malicioso real, que rouba as credenciais da vítima usando outra página da web feita para se parecer com o portal de login do Google, mas que na verdade é hospedada a partir de um URL não afiliado ao Google. Ao hospedar ataques dessa forma, os invasores podem contornar os scanners de link e evitar a detecção de proteções de segurança comuns que visam verificar se os links enviados por e-mail são legítimos.
  8. Os operadores do SolarMarker estão usando envenenamento de Search Engine Optimization (SEO) para encher milhares de PDFs com dezenas de milhares de páginas cheias de palavras-chave e links que visam fazer redirecionamentos que levam ao malware. O SolarMarker é um malware de backdoor que rouba dados e credenciais dos navegadores. Segundo a Microsoft Security Intelligence, o ataque funciona usando documentos PDF projetados para classificação nos resultados da pesquisa. Para conseguir isso, os invasores preencheram esses documentos com mais de 10 páginas de palavras-chave em uma ampla variedade de tópicos, desde “formulário de seguro” e “aceitação de contrato” a “como ingressar no SQL” e “respostas matemáticas”. Os pesquisadores observaram que esses invasores usaram o Google Sites para hospedar esses documentos. Em campanhas recentes, os atacantes passaram a usar principalmente o Amazon Web Services e o Strikingly. Quando abertos, os PDFs solicitam que os usuários baixem um arquivo .doc ou uma versão .pdf das informações desejadas. Os usuários que clicam nos links são redirecionados por 5 a 7 sites com TLDs como .site, .tk e .ga. Os pesquisadores dizem ainda que após vários redirecionamentos, os usuários chegam a um site controlado pelo invasor, que imita o Google Drive, e são solicitados a baixar o arquivo, que normalmente é o malware SolarMarker/Jupyter. Também foram vistos arquivos aleatórios sendo baixados em uma tática de evasão de detecção/análise.
  9. A Apple corrigiu duas vulnerabilidades 0-Day, aparentemente exploradas ativamente, e que afetavam o motor WebKit do navegador Safari. Segundo o BleepingComputer, as falhas no iOS podem ter sido usadas para invadir dispositivos antigos de iPhone (iPhone 5s, iPhone 6, iPhone 6 Plus), iPads (iPad Air, iPad mini 2, iPad mini 3), e iPod touch 6ª geração. Os dois bugs são causados por corrupção de memória e uso após problemas livres no motor do navegador WebKit, mecanismo de renderização de navegador usado por navegadores e aplicativos da Apple para renderizar conteúdo HTML em plataformas de desktop e móveis, incluindo iOS, macOS, tvOS e iPadOS. Os invasores podem explorar as duas vulnerabilidades usando conteúdo da Internet criado com códigos maliciosos, o que acionaria a execução arbitrária de códigos depois de serem carregados pelos alvos em dispositivos sem patch (correção). A Apple divulgou comunicado sobre as atualizações de segurança, disponibilizadas aqui.
  10. Um sistema desprotegido por mais de dois anos expôs os dados de clientes da Volkswagen. Segundo o ThreatPost, 3,3 milhões de pessoas, quase todos eles proprietários ou aspirantes a proprietários da marca de luxo Audi da montadora, tiveram informações expostas por conta da falha de segurança. O sistema de um fornecedor foi o causador do vazamento, disse a Volkswagen America, e a violação ocorreu entre agosto de 2019 e maio de 2021. Para mais de 97% dos clientes afetados, informações pessoais incluindo nomes, endereços postais e de e-mail e números de telefone, foram expostas. Alguns compradores ou potenciais compradores foram atingidos com mais força, já que tinham dados mais confidenciais armazenados no servidor com vazamento do fornecedor, incluindo números do seguro social, datas de nascimento e números de carteira de motorista. A Volkswagen disse que ouviu falar pela primeira vez sobre a violação em 10 de março, mas não explicou por que o vazamento continuou até o mês passado. Segundo ThreatPost, o fornecedor demorou dois meses para proteger seu servidor. Também não se sabe se os dados foram baixados por terceiros não autorizados durante os quase dois anos em que permaneceram abertos online. O vazamento expõe os clientes a riscos de fraude devido à violação. Os cibercriminosos podem, inclusive, realizar ataques de phishing ou ransomware a partir desse vazamento
  11. A gigante de jogos Electronic Arts (EA) foi invadida por cibercriminosos, que roubaram uma grande quantidade de código-fonte e ferramentas internas relacionadas a alguns jogos. Segundo reportagem da Vice, ao todo, os criminosos dizem ter obtido 780 Gb de dados e os estão anunciando para venda em várias postagens de fóruns de hackers clandestinos. Os atacantes disseram ter pegado o código-fonte do FIFA 21, bem como o código de seu servidor de matchmaking. Eles também afirmam que obtiveram o código-fonte e ferramentas para o motor gráfico Frostbite, que alimenta uma série de jogos da EA, incluindo o Battlefield. Outras informações roubadas, diz a reportagem, incluem estruturas proprietárias da EA e kits de desenvolvimento de software (SDKs), pacotes de código que podem tornar o desenvolvimento de jogos mais simplificado. A EA emitiu um comunicado confirmando que houve um incidente de segurança na empresa. "Estamos investigando um recente incidente de intrusão em nossa rede, onde uma quantidade limitada de código-fonte do jogo e ferramentas relacionadas foram roubados. Nenhum dado do jogador foi acessado e não temos motivos para acreditar que haja qualquer risco para a privacidade do jogador", diz a nota. A empresa afirma ter feito melhorias na segurança após o incidente. "Não esperamos um impacto em nossos jogos ou negócios. Estamos trabalhando ativamente com os encarregados da aplicação da lei e outros especialistas como parte dessa investigação criminal em andamento", complementa. (Crédito da imagem: King of Hearts/Wikipedia)
  12. O Laboratório de Pesquisa de Cambridge da Toshiba Europe anunciou a primeira demonstração de comunicação quântica em fibras ópticas com mais de 600 km de comprimento, sendo considerada uma distância recorde. Para isso, foi introduzida uma nova técnica de estabilização de banda dupla, que envia dois sinais de referência ótica, em comprimentos de onda diferentes, para minimizar as flutuações de fase em fibras longas. Segundo os pesquisadores, o primeiro comprimento de onda é usado para cancelar as flutuações que variam rapidamente, enquanto o segundo comprimento de onda, no mesmo comprimento de onda que os qubits ópticos, é usado para ajuste fino da fase. Depois de implantar essas novas técnicas, a Toshiba descobriu que é possível manter a fase óptica de um sinal quântico constante em uma fração de um comprimento de onda. Sem cancelar as flutuações em tempo real, a fibra se expande e se contrai com as mudanças de temperatura, embaralhando as informações quânticas. A equipe da empresa usou a tecnologia para testar uma das aplicações mais conhecidas das redes quânticas: a criptografia baseada em quantum. A primeira aplicação para estabilização de banda dupla será para distribuição de chaves quânticas de longa distância (QKD). O protocolo potencializa redes quânticas para criar chaves de segurança impossíveis de hackear, o que significa que os usuários poderiam trocar informações confidenciais com segurança. "Isso permitirá a transferência de informações com segurança quântica de longa distância entre as áreas metropolitanas e é um grande avanço na construção da futura Internet Quântica", diz comunicado da Toshiba. Internet Quântica – Os pesquisadores explicam que o termo Internet Quântica descreve uma rede global de computadores quânticos conectados por links de comunicação quântica de longa distância. Espera-se que essa comunicação traga uma solução rápida para problemas complexos de otimização na nuvem, um sistema de cronometragem global mais preciso e comunicações altamente seguras em todo o mundo. "Um dos desafios tecnológicos mais difíceis na construção da Internet Quântica é o problema de como transmitir bits quânticos em longas fibras ópticas. Pequenas mudanças nas condições ambientais, como flutuações de temperatura, fazem com que as fibras se expandam e se contraiam, embaralhando os qubits frágeis, que são codificados como um atraso de fase de um pulso óptico fraco na fibra", explica a Toshiba.
  13. Uma operação policial envolvendo agências de aplicação da lei dos Estados Unidos, Austrália e Europa, com o apoio da Europol, resultou em mais de 800 prisões, em diversos países, de membros de organizações globais de crime organizado, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Na operação, o FBI e 16 outros países da coalizão internacional conseguiram explorar a inteligência de 27 milhões de mensagens de grupos criminosos, as revisando durante 18 meses enquanto os usuários discutiam suas atividades. A Europol conta que desde 2019, o FBI atuou em coordenação com a Polícia Federal Australiana para desenvolver estrategicamente e operar secretamente uma empresa de dispositivos criptografados chamada ANOM. O objetivo era oferecer um dispositivo criptografado com recursos procurados pelas redes do crime organizado para persuadi-las a utilizarem o dispositivo, interceptando as mensagens, já que grupos criminosas têm uma grande demanda por plataformas de comunicação criptografada para facilitar suas atividades. Antes de o dispositivo ANOM ser distribuído, uma chave mestra foi incorporada em seu sistema de criptografia, se anexando secretamente a cada mensagem e permitindo que a polícia decifrasse e armazenasse a mensagem à medida que era transmitida. Os dispositivos ANOM localizados fora dos Estados Unidos enviaram cópias ocultas das mensagens para descriptografá-las e, em seguida, criptografá-las novamente usando as chaves gerenciadas pelo FBI. A ANOM ofereceu a mais de 12 mil dispositivos criptografados para mais de 300 sindicatos criminosos operando em mais de 100 países, incluindo o crime organizado italiano, gangues de motociclistas ilegais e organizações internacionais de tráfico de drogas. O resultado foi, além da prisão dos criminosos, a apreensão de mais de 8 toneladas de cocaína, 22 toneladas de cannabis e resina de cannabis, 2 toneladas de drogas sintéticas (anfetaminas e metanfetaminas), 6 toneladas de precursores de drogas sintéticas, 250 armas de fogo, 55 veículos de luxo e mais de $ 48 milhões em várias moedas e criptomoedas em todo o mundo. Segundo a Europol, essa foi uma das maiores e mais sofisticadas operações de aplicação da lei até hoje na luta contra atividades criminosas criptografadas.
  14. O Siloscape é o primeiro malware que tem como alvo os contêineres do Windows – tecnologia para empacotamento e execução de aplicativos. Segundo o ThreatPost, o malware implanta backdoors e nós de invasão para obter credenciais de usuários. A campanha em andamento perfura os clusters do Kubernetes – sistema de orquestração de contêineres open-source – para a implantação de backdoors, permitindo que os invasores roubem dados e credenciais do usuário ou sequestrem bancos de dados inteiros hospedados em um cluster. Segundo a reportagem, o malware foi descoberto pelo pesquisador de segurança da Unidade 42, Daniel Prizmant, que o apelidou de Siloscape, ou "Fuga do Silo". O malware explora vulnerabilidades conhecidas em servidores da web e bancos de dados para comprometer os nós do Kubernetes e os clusters de backdoor. Prizmant fez um trabalho de engenharia reversa para conseguir se conectar ao servidor de comando e controle (C2) do Siloscape, onde descobriu que estava hospedando um total de 313 usuários. Isso implica que o Siloscape é uma pequena parte de uma campanha mais ampla, observou ele. Prizmant destaca que o Siloscape é um malware fortemente ofuscado. Os pesquisadores da Unidade 42 identificaram 23 vítimas do Siloscape e disseram que as evidências indicam que a campanha foi lançada há mais de um ano, podendo ter iniciado em janeiro de 2020. A recomendação é que os usuários sigam o conselho da Microsoft para não usar contêineres do Windows como um recurso de segurança. Em vez disso, a Microsoft recomenda o uso estritamente de contêineres Hyper-V para qualquer coisa que dependa da conteinerização como limite de segurança.
  15. As empresas Apple, Google, Microsoft e Mozilla, donas dos navegadores Safari, Chrome, Microsoft Edge e Firefox, respectivamente, anunciaram o lançamento do WebExtensions Community Group (WECG), que tem como objetivo desenvolver uma plataforma de extensão de navegador comum. A ideia é explorar como os fornecedores de navegadores e outras partes interessadas podem trabalhar juntos para desenvolver essa plataforma, já que há vários navegadores adotando um modelo amplamente compatível para extensões nos últimos anos. Outros fabricantes de navegadores, desenvolvedores de extensões e partes interessadas são bem-vindos a se juntarem ao projeto, diz publicação do grupo. "Este grupo de comunidade busca alinhar-se em uma visão comum para extensões de navegador e trabalhar para padronização futura", destaca o post. Especificamente, o planejamento envolve facilitar a criação de extensões para desenvolvedores, especificando um modelo consistente e um núcleo comum de funcionalidade, APIs e permissões; e descrever uma arquitetura que aprimore o desempenho e seja ainda mais segura e resistente a abusos. O grupo destaca que o trabalho será guiado por um conjunto comum de princípios centrado no usuário, compatibilidade, desempenho, segurança, privacidade, portabilidade, manutenção e comportamento bem definido. "Usando o modelo de extensões existente e APIs suportados pelo Chrome, Microsoft Edge, Firefox e Safari como base, começaremos trabalhando em uma especificação. Nosso objetivo é identificar um terreno comum, trazer implementações em um alinhamento mais próximo e traçar um curso para evolução futura", destaca a publicação. Os aspectos da plataforma de extensões da web ou das implementações existentes não serão especificados, pois a intenção é que navegadores continuem inovando e enviando APIs que podem servir de base para melhorias adicionais na plataforma de extensões da web, diz o grupo. Além disso, não há planos de especificar, padronizar ou coordenar a assinatura ou entrega da extensão. "Cada fornecedor de navegador continuará a operar sua loja de extensões de forma totalmente independente, com suas próprias políticas técnicas, de revisão e editoriais". O grupo mantém ainda um regulamento e uma página no GitHub para quem quiser acompanhar o trabalho. "Assim que tivermos o primeiro rascunho da especificação do editor, estaremos convidando a comunidade de extensões a contribuir com ele".
  16. A multinacional japonesa Fujifilm confirmou oficialmente que sofreu um ataque de ransomware no início desta semana, interrompendo as operações de negócios. A empresa publicou em seu site um comunicado atualizado em 3 de junho de 2021 informando que o ataque ocorreu no dia 1º deste mês. "Em 1º de junho, a Fujifilm Corporation em Tóquio tomou conhecimento da possibilidade de um ataque de ransomware. Por excesso de cautela, a Fujifilm Corporation imediatamente tomou a medida preventiva de desligar sua rede e servidores em todas as regiões", diz o aviso. Após uma investigação inicial, a empresa diz não haver evidências de qualquer impacto na rede ou em quaisquer servidores ou outros equipamentos ou sistemas de rede na região das Américas, incluindo e-mail, e que não detectou nenhuma perda, destruição, alteração ou uso não autorizado de dados de sistemas nesta região. "Dessa forma, colocamos a rede, os servidores e os sistemas eletrônicos das Américas novamente online em 3 de junho", informou. "Esperamos que nossos negócios na região das Américas estejam totalmente operacionais em 4 de junho", complementa o comunicado. Em conversas com funcionários da Fujifilm, o BleepingComputer soube anteriormente que o problema já era conhecido internamente como um ataque causado por ransomware e que a empresa foi forçada a derrubar partes de sua rede em todo o mundo. A interrupção da rede impediu o acesso ao e-mail, ao sistema de faturamento e a um sistema de relatórios. Não se sabe se a Fujifilm pagou o resgate.
  17. Com o crescimento da indústria de videogames, os atacantes voltaram suas atenções para esse universo, com diversos sites e fóruns clandestinos compartilhando ferramentas ilegais que exploram uma maneira de trapacear nos jogos. Uma reportagem da Vice conta sobre como as trapaças são consideradas pela indústria de games uma espiral negativa que pode matar um jogo. Elas fazem com que os jogadores saiam dos jogos, especialmente os gratuitos, onde os jogadores são mais propensos a comprar itens para continuar jogando, prejudicando os resultados financeiros dos editores. Muitos desenvolvedores de jogos têm equipes anti-cheat dedicadas que tentam detectar e banir trapaceiros e tentar corrigir as vulnerabilidades que eles estavam explorando. Apesar dos esforços dos criadores de jogos, trapacear ainda é um problema em jogos online, porque os jogadores estão dispostos a pagar pelos cheats, alimentando uma indústria lucrativa. "Existem desenvolvedores de trapaça que conhecemos que ganham mais de US$ 2 milhões por mês", disse o funcionário de uma empresa de videogames com conhecimento de organizações trapaceiras à Vice. Segundo a reportagem, 7 anos atrás, um desenvolvedor de truques alegou que estava ganhando US$ 1,25 milhão por ano; mais recentemente, um hacker revelou que por 20 anos viveu trapaceando e explorando vulnerabilidades em jogos. As empresas de videogames processaram vários fabricantes de truques, reivindicando milhões de dólares em perdas e, em alguns desses processos, os juízes condenaram os fabricantes de cheats a pagarem milhões. Membros de grupos de cheats são presos – Desenvolver e vender cheats na China é considerado crime de hacking. No ano passado, as autoridades condenaram cinco homens a seis a nove meses de prisão por desenvolver e vender fraudes do Peacekeeper Elite (nome do jogo PUBG Mobile na China). No início deste ano, um homem foi condenado a 3 anos de prisão e multa de 100 mil yuans chineses (cerca de US$ 15 mil) por desenvolver e vender cheats para Knives Out, outro jogo mobile. O Chicken Drumstick, um grupo de trapaça de games que ganhou mais de US$ 70 milhões apenas vendendo cheats para o jogo PUBG Mobile, também foi desmantelado em uma operação da polícia chinesa que trabalhava em uma investigação junto à Tencent, empresa de tecnologia chinesa e editora do PUBG Mobile. Isso fez com que a operação que continha cerca de 600 mil usuários ativos por mês fosse encerrada, sendo que o principal desenvolvedor dos cheats literalmente destruiu seus discos para evitar ser pego.
  18. Uma versão falsa do aplicativo de desktop remoto AnyDesk contendo um cavalo de Troia (trojan) apareceu em meio aos anúncios dos resultados de pesquisa do Google. A empresa de segurança CrowdStrike descobriu que a campanha está ativa desde abril e aparentemente superou a própria propaganda oficial do AnyDesk no Google. "O uso malicioso do Google Ads é uma maneira eficaz e inteligente de obter implantação em massa de shells, pois fornece ao agente da ameaça a capacidade de escolher livremente seus alvos de interesse", diz a empresa de segurança. "Além de direcionar ferramentas como AnyDesk ou outras ferramentas administrativas, o ator da ameaça pode direcionar usuários privilegiados/administrativos de uma maneira única". Por esse motivo, a equipe CrowdStrike notificou o Google sobre a atividade observada para que tomassem medidas contra a campanha de malvertising – anúncio publicitário online geralmente usado para espalhar malware na Internet – e, aparentemente, o Google rapidamente tomou as medidas adequadas, já que o anúncio não está mais sendo veiculado, segundo a empresa. Os criminosos por trás do anúncio malicioso conseguiram, antes de serem descobertos, evitar o policiamento de triagem anti-malvertising do Google. Como resultado, 40% daqueles que clicaram no anúncio começaram a instalar o malware, sendo que 20% dessas instalações incluíam “atividades práticas no teclado”, de acordo com o relatório publicado pela CrowdStrike. Os pesquisadores dizem ainda que as vítimas que baixaram o programa foram induzidas a executar um binário chamado AnyDeskSetup.exe. Depois de executado, o malware tenta iniciar um script do PowerShell. O arquivo executável falso foi assinado por "Digital IT Consultants Plus Inc.", em vez dos criadores legítimos "philandro Software GmbH". A CrowdStrike informa que sua equipe de inteligência continua investigando e, no momento, não atribui essa atividade a um agente de ameaça ou vínculo específico. No entanto, dada a popularidade do AnyDesk, essa pode ser uma campanha generalizada que afeta uma ampla gama de clientes.
  19. A multinacional brasileira JBS Foods sofreu um ataque cibernético que interrompeu sua produção na Austrália e nos Estados Unidos. A JBS Foods é uma empresa líder em alimentos e a maior produtora de carne do mundo, presente em 15 países e com mais de 250 mil colaboradores atuando em cerca de 400 unidades produtivas e escritórios comerciais globalmente. O CEO da JBS Austrália, Brent Eastwood, confirmou o ataque nesta segunda-feira, 31 de maio, de acordo com o site Beef Central. Eastwood não soube dizer quanto tempo a paralisação australiana poderia durar, no entanto, afirmou que as operações de processamento seriam impossíveis sem o acesso normal aos sistemas de TI e Internet. A JBS USA também enviou comunicado informando que foi alvo de um ataque organizado de segurança cibernética, afetando alguns dos servidores que suportam seus sistemas de TI norte-americanos e australianos. "A empresa tomou medidas imediatas, suspendendo todos os sistemas afetados, notificando as autoridades e ativando a rede global da empresa de profissionais de TI e especialistas terceirizados para resolver a situação", diz o comunicado. Os servidores de backup da empresa não foram afetados e ela diz que está trabalhando ativamente com uma empresa de Resposta a Incidentes para restaurar seus sistemas o mais rápido possível. A empresa diz ainda que não tem conhecimento de nenhuma evidência neste momento de que dados de clientes, fornecedores ou funcionários tenham sido comprometidos ou utilizados indevidamente como resultado da situação. "A resolução do incidente levará tempo, o que pode atrasar certas transações com clientes e fornecedores", informa o comunicado da JBS USA. Até o momento não há informações sobre a natureza do ataque cibernético, mas com base na escolha dos invasores de atingir os sistemas da empresa no fim de semana, o BleepingComputer afirma que há uma grande chance de que um ransomware esteja envolvido. Ciberataque não afeta JBS Brasil – O Mente Binária entrou em contato com a JBS Brasil por meio de sua assessoria de imprensa, que informou estar ciente do ocorrido nas operações da Austrália e dos Estados Unidos, ambas sob o guarda-chuva da JBS USA, e reforçando que o ciberataque não afetou as operações na América do Sul e no Brasil, que estão funcionando normalmente. (Crédito da Imagem: JBS)
  20. Pesquisadores da NordPass analisaram dados de violações públicas que afetaram empresas da Fortune 500 – lista que contém as 500 maiores corporações dos Estados Unidos – e descobriram que o maior facilitador dessas invasões é o uso de senhas fracas. Os dados analisados incluíram 15.603.438 violações e em 17 setores diferentes, e a lista de senhas foi compilada em parceria com uma empresa terceirizada, especializada em pesquisa de violação de dados. Entre as descobertas da empresa estão a frequência com que as senhas dessas empresas aparecem em violações de dados; qual o percentual de senhas exclusivas no setor; e quais são as principais senhas. Os pesquisadores apontam que 20% das senhas eram o nome exato da empresa ou sua variação, sendo que o setor de hospitalidade – hospedagem, serviço de alimentação e bebidas – detém a maioria desse tipo de senhas. “Password” ("senha", em inglês) também é uma das senhas mais populares em todas as indústrias mapeadas pela NordPass na pesquisa. Senhas com números sequenciais, como "123456", também são bem comuns em todos os setores, aponta a pesquisa. "As empresas e seus funcionários têm o dever de proteger os dados de seus clientes. Uma senha fraca de um funcionário poderia colocar em risco toda a empresa se um invasor usasse a senha violada para obter acesso a dados confidenciais”, disse Chad Hammond, especialista em segurança da NordPass, em comunicado à imprensa. A pesquisa também mostra o número de número de violações de dados que afetam cada setor, sendo que bens e consumo é a categoria com maior número de invasões, totalizado 942.289 violações. Os setores de finanças, telecomunicações, automotivo, aeroespacial, transporte e logística e hospitalidade também figuram entre os mais invadidos.
  21. Um cibercriminoso russo suspeito de comandar uma plataforma conhecida como Deer.io foi condenado a 30 meses (2 anos e meio) de prisão. Segundo o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a Deer.io permitia que criminosos adquirissem acesso a vitrines para venderem seus produtos ou serviços criminosos. Aparentemente, havia mais de 24 mil lojas ativas com vendas superiores a US$ 17 milhões. Segundo o Cyber Scoop, Kirill Victorovich Firsov foi preso pela primeira vez no ano passado e se declarou culpado das acusações em janeiro deste ano. Firsov foi acusado de administrar o site Deer.io, que hospedava lojas de outros cibercriminosos, desde 2013. Muitas das transações envolveram nomes, endereços, números de telefone e números do seguro social de cidadãos americanos. A plataforma foi derrubada pelo FBI em 2020, em uma operação que envolveu a compra de aproximadamente 1,1 contas da loja por menos de U$ 20 em Bitcoin. Assim que o pagamento foi concluído, o FBI obteve acesso às contas, incluindo o nome de usuário e a senha de cada uma. O ZDNet informa também que, na sentença, o promotor afirmou que Firsov sabia que o Deer.io estava vendendo contas roubadas e falsificadas, porque ele construiu a plataforma, que incluía uma série de ícones para empresas sediadas nos Estados Unidos. Mesmo vendendo contas roubadas, o Deer.io não foi mantido em sigilo e não exigiu nenhuma senha especial para acesso.
  22. Os computadores quânticos, se amadurecerem o suficiente, serão capazes de quebrar grande parte da criptografia atual, revelando comunicações privadas, dados de empresas e segredos militares. Segundo reportagem do CNet, os computadores quânticos atuais são muito primitivos para isso, mas os dados recolhidos agora ainda podem ser sensíveis quando eles se tornarem mais poderosos. Os computadores quânticos do futuro também poderão quebrar as assinaturas digitais que garantem a integridade das atualizações de aplicativos, navegadores, sistemas operacionais e outros softwares, abrindo um caminho para ataques de malware. Para o algoritmo de criptografia RSA de hoje, um computador convencional precisaria de cerca de 300 trilhões de anos para quebrar as comunicações protegidas com uma chave digital de 2.048 bits. Mas um computador quântico alimentado por 4.099 qubits precisaria de apenas 10 segundos. Essa é uma vulnerabilidade potencial da qual a indústria de computação está ciente, afirma a reportagem, sendo que algumas empresas estão em uma força-tarefa para criar, testar e adotar novos algoritmos de criptografia impermeáveis aos computadores quânticos. Algumas dessas empresas, incluindo IBM e Thales, já começaram a oferecer produtos protegidos pela chamada criptografia pós-quântica, diz o CNet. A criptografia quantum-safe será utilizada em laptops, telefones, navegadores da web e outros produtos atualizados, mas o problema mesmo será aplicá-la em empresas, governos e serviços de computação em nuvem, que devem projetar e instalar a tecnologia, promovendo uma mudança muito complexa. Empresas estão desenvolvendo computadores quânticos – Na Google I/O, conferência de programadores organizada anualmente pelo Google, realizada este mês, a empresa informou que um novo centro de computação quântica será criado com o objetivo de construir um computador quântico até 2029. Outras empresas de tecnologia, como Honeywell, IBM, Intel e a Microsoft também estão na corrida para construir os primeiros computadores quânticos. Enquanto isso, o Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia dos Estados Unidos está liderando o esforço global para encontrar algoritmos de criptografia pós-quântica que sejam rápidos e confiáveis. Até o momento, o trabalho se concentra em duas tarefas de criptografia: troca de chaves digitais e adição de assinaturas digitais. Os algoritmos de criptografia exigem um exame minucioso antes que possam ser confiáveis para proteger senhas, números de cartão de crédito, registros financeiros e outras informações confidenciais. A transição quântica é mais difícil do que algumas atualizações de criptografia anteriores. Um dos problemas é os tamanhos das chaves digitais, que provavelmente serão maiores, exigindo mais memória para processá-los. Alterar algoritmos não será uma troca simples. Especialistas recomendam que seja feita uma abordagem híbrida que protege duplamente os dados com criptografia de segurança convencional e pós-quântica. (Imagem: IBM Q System One, primeiro computador quântico comercial de 20 qubits. Crédito da imagem: IBM)
  23. A Apple disponibilizou o macOS Big Sur 11.4, e a recomendação é que os usuários de MacBook façam uma atualização o mais rápido possível. Isso porque um malware que faz capturas de tela secretamente foi detectado explorando uma séria falha na segurança do macOS. A falha pode ser explorada para gravação de vídeo ou acesso a arquivos, tornando a correção mais urgente. A descoberta foi feita pela empresa de segurança cibernética Jamf durante a pesquisa sobre o malware XCSSET, descoberto pela Trend Micro em 2020. "Descobrimos que esse desvio está sendo explorado ativamente durante a análise adicional do malware XCSSET, após notar um aumento significativo de variantes detectadas por aí. A equipe de detecção observou que, uma vez instalado no sistema da vítima, o XCSSET estava usando esse desvio especificamente com o objetivo de tirar capturas de tela da área de trabalho do usuário sem exigir permissões adicionais", diz a empresa. A Jamf destaca que o malware foi escrito em AppleScript, uma linguagem de script desenvolvida pela Apple, facilitando o controle sobre aplicativos Mac. Na maior parte do tempo, o autor do malware aproveita AppleScripts em sua cadeia de ataque devido à facilidade com que lida com muitos comandos bash, até mesmo baixando e/ou executando scripts Python, tentando sempre ofuscar suas intenções usando várias linguagens de script. A empresa traz mais detalhes de como funciona o malware, e alerta para que usuários atualizem seus sistemas, já que a Apple corrigiu recentemente esse problema, evitando que o XCSSET abuse dessa vulnerabilidade no futuro.
  24. Os desenvolvedores do ransomware Zeppelin retomaram suas atividades após um período de silêncio de alguns meses. Segundo o BleepingComputer, uma variante recente do malware foi disponibilizada em um fórum clandestino no final do mês passado e descoberta pela empresa de prevenção de ameaças e perdas Advanced Intel (AdvIntel). O ransomware Zeppelin também é conhecido como Buran e tem sua origem na família Vega/VegaLocker, um ransomware como serviço baseado em Delphi observado em fóruns de hackers de língua russa em 2019. A cepa Zeppelin é vendida em fóruns clandestinos, permitindo que os compradores decidam como querem usar o malware. Isso contrasta com as operações de ransomware como serviço clássicas, em que os desenvolvedores geralmente procuram parceiros para invadir a rede da vítima, roubar dados e implantar o malware de criptografia de arquivo, dividindo os resgates pagos. Os desenvolvedores anunciaram uma atualização para o ransomware junto com uma nova rodada de vendas pelo valor de US$ 2,3 mil por núcleo construído. Após a atualização, os desenvolvedores do Zeppelin lançaram a nova variante com poucas mudanças em termos de recursos, aumentando a estabilidade da criptografia. Características do Zeppelin – Segundo a AdvIntel, o Zeppelin é uma das poucas operações de ransomware no mercado que não adota o modelo como serviço puro. Os desenvolvedores trabalham supostamente em um escopo de operações mais amplo com parceiros próximos que compraram o malware. A empresa de segurança alerta que o Zeppelin pode dificultar o combate à ameaça do ransomware, pois o acesso ao malware permite que outros desenvolvedores roubem recursos de seus produtos. Ela afirma ainda que os usuários do Zeppelin são compradores individuais que não complicam seus ataques e contam com vetores de ataque iniciais comuns. Além disso, os operadores do Zeppelin não têm um site de vazamento, como a maioria dos grupos de ransomware como serviço. Eles se concentram em criptografar os dados, mas não em roubá-los. Assim, a AdvIntel pontua que o ransomware Zeppelin é preocupante, pois os ataques com essa cepa podem ser difíceis de detectar, especialmente quando novos downloaders são usados.
  25. O WP Statistics, plug-in do WordPress, tem uma vulnerabilidade de segurança de injeção de SQL que pode permitir que visitantes do site obtenham todos os tipos de informações confidenciais de bancos de dados, incluindo e-mails, dados de cartão de crédito, senhas e mais. Quem descobriu o bug foram os pesquisadores do Wordfence, e um patch já foi lançado para corrigir a falha. Segundo publicação da empresa de segurança, o plug-in já foi instalado em mais de 600 mil sites WordPress. Ele fornece aos proprietários de sites estatísticas detalhadas sobre os visitantes, incluindo quais páginas do site eles visitam. O administrador do site pode acessar o item de menu “Pages” e gerar uma consulta SQL para exibir estatísticas sobre quais páginas receberam mais tráfego. A falha de alta gravidade na função “Pages” abre brecha para que qualquer visitante do site, mesmo sem um login, faça uma consulta SQL. Para usuários com o plug-in instalado em seu site, a Wordfence recomenda a atualização para a versão corrigida 13.0.8 o mais rápido possível.
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