A Apple recusou os pedidos do FBI para desbloquear o iPhone de um homem acusado de ser responsável por um tiroteio ocorrido na Estação Aérea Naval de Pensacola, na Flórida. Segundo o Threat Post, a empresa declarou que não ajudará o FBI a invadir dois iPhones pertencentes ao suspeito, Mohammed Saeed Alshamrani.
O procurador-geral William Barr pediu recentemente à Apple que ajudasse a desbloquear os iPhones usados pelo suspeito no mês passado. Apesar de recusar o pedido, a Apple alega que está respondendo "prontamente" aos pedidos de assistência e "compartilhando informações com os escritórios do FBI em Jacksonville, Pensacola e Nova York", segundo comunicado.
Especialistas em segurança concordam que o acesso ao iPhone do suspeito pode comprometer a segurança dos milhões de dispositivos em uso em todo o mundo. O ponto crucial do problema quando se trata de desbloquear um iPhone ou ignorar sua criptografia, de acordo com os especialistas em privacidade, é que, uma vez que a Apple cria um backdoor (porta de acesso ao sistema), há um risco de que ele possa ser usado de maneira imprevisível e, em alguns casos, prejudicial, se cair nas mãos erradas.
A Apple não poderia simplesmente criar a ferramenta apenas para fins de investigação sem afetar os demais dispositivos. Além disso, o trabalho não seria simples e exigiria uma equipe dedicada da empresa para criar um software capaz de acessar os dados armazenados no dispositivo. As autoridades podem ainda pedir auxílio de um terceiro para desbloquear os dispositivos, ou continuar insistindo, judicialmente, para que a Apple forneça a assistência. ?♀️
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