O filipino Onel de Guzman admitiu, 20 anos depois, ter criado o malware Love Bug, que infectou cerca de 50 milhões de computadores Windows ao redor do mundo em 2000. A pandemia do bug do amor começou em maio daquele ano. Conforme relembra a BBC, as vítimas receberam um anexo de e-mail intitulado LOVE-LETTER-FOR-YOU, que continha código malicioso que sobrescrevia arquivos, roubava senhas e enviava cópias automaticamente para todos os contatos do catálogo de endereços do Microsoft Outlook da vítima.
O malware sobrecarregou os sistemas de e-mail de organizações, e alguns gestores de TI desconectaram partes de sua infraestrutura para evitar infecções, levando a grandes estimativas de danos e interrupções. Na época, investigadores já localizaram o vírus em um endereço de e-mail registrado em um apartamento em Manila, capital das Filipinas, levando as suspeitas a Onel de Guzman, um estudante de ciência da computação e membro de um grupo de hackers clandestinos chamado Grammersoft. Ele se tornou o principal suspeito de uma investigação policial, mas na época, as Filipinas não tinham lei sobre hacking de computadores, e de Guzman não foi processado.
Segundo a BBC, depois de 20 anos, Onel de Guzman admitiu ter criado o Love Bug que, segundo ele, é uma versão renovada de um malware anterior que ele havia codificado para roubar senhas de acesso à Internet. Ele alega que inicialmente enviou o vírus apenas para as vítimas das Filipinas com quem se comunicou em salas de bate-papo, porque só queria roubar senhas de acesso à Internet que funcionavam em sua região. No entanto, na primavera de 2000 ele aprimorou o código, adicionando um recurso de propagação automática que envia cópias do vírus aos contatos do Outlook das vítimas, o que fez o malware se alastrar.
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