Os custos arcados pelas vítimas de ataques de ransomware dobraram no final do ano passado. Segundo dados divulgados pela Coveware, empresa especializada na recuperação desses ataques, no quarto trimestre de 2019, o pagamento médio de resgate aumentou em 104%, para US$ 84,1 mil, contra US$ 41,1 mil no terceiro trimestre. Esse aumento reflete a diversidade dos atores de ameaças que estão atacando ativamente as empresas.
A Coveware explica em seu relatório que algumas variantes de ransomware, como Ryuk e Sodinokibi, estão migrando para atacar o espaço corporativo, concentrando seus ataques em grandes empresas. Por exemplo, os pagamentos de resgate do ransomware Ryuk atingiram uma nova alta de US$ 780 mil para empresas impactadas. Já variantes menores de ransomware, como Dharma, Snatch e Netwalker, continuam atingindo pequenas empresas com um alto número de ataques, contudo, com resgates menores, de até US$ 1,5 mil. O Bitcoin é usado quase exclusivamente em todas as formas de extorsão cibernética, o que dificulta um pouco o pagamento para as vítimas, que devem adquirir essas moedas.
Além do aumento nos custos para recuperação após ataque, o tempo médio de inatividade de uma empresa afetada também aumentou, subindo de 12,1 dias no terceiro trimestre de 2019 para 16,2 dias no quarto trimestre, segundo o relatório. Isso foi impulsionado por uma maior incidência de ataques contra grandes empresas, que geralmente passam semanas corrigindo e restaurando totalmente seus sistemas. Como essas empresas têm redes mais complexas, a restauração de dados por meio de backups ou descriptografia leva mais tempo que a de uma pequena empresa. No quarto trimestre, as organizações do setor público foram os principais alvos dos ataques.
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