Acusado de participar da distribuição do malware Kronos, o entusiasta de cibersegurança Marcus Hutchins conseguiu escapar da condenação da Justiça americana por ter ajudado a impedir a disseminação do famoso ransomware WannaCry, em 2017. De acordo com o KrebsOnSecurity, Hutchins registrou e afundou um nome de domínio que, mais tarde, entenderam ser o "kill switch" escondido dentro do WannaCry, ransomware que se propagou através de uma vulnerabilidade explorada do Microsoft Windows.
Ainda em agosto de 2017, agentes do FBI prenderam Hutchins, suspeito de ter criado e divulgado o trojan bancário Kronos e uma ferramenta de malware relacionada, chamada UPAS Kit, que ajudava cibercriminosos a roubar dados bancários de vítimas. Hutchins foi libertado logo após sua prisão, ordenado a permanecer nos Estados Unidos aguardando julgamento. Quase dois anos depois, no último dia 26 de julho, um juiz distrital disse que a ação de Hutchins em deter a propagação do WannaCry foi muito mais consequente do que os dois malwares que ele admitiu ter escrito.
Ao longo dos últimos dois anos, muitas pessoas ligadas à comunidade de segurança defenderam Marcus Hutchins, observando que o caso do FBI parecia frágil e que Hutchins havia trabalhado incansavelmente em seu blog para expor os cibercriminosos e suas ferramentas maliciosas. Ele recebeu, inclusive, doações para um fundo de defesa legal. Hutchins foi liberado sob supervisão, mas não poderá mais permanecer ou visitar os Estados Unidos, a menos que consiga perdão presidencial. Após a sentença, ele escreveu, no Twitter, um agradecimento a todos o ajudaram financeiramente e emocionalmente. “Planejo focar nos posts educacionais e em transmissões ao vivo novamente”.
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