A Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) abandonou seus planos de implantar vigilância de reconhecimento facial em seu campus. O vice-chanceler administrativo da UCLA, Michael Beck, afirmou que, diante da reação da comunidade, decidiu voltar atrás no uso da tecnologia. Ele enviou carta à ao Fight for the Future, um grupo de defesa da privacidade digital, informando a decisão. O grupo defende que o reconhecimento facial não tem lugar no campus das faculdades por ser uma tecnologia invasiva.
Segundo artigo do Fight for the Future publicado no Medium, a administração da UCLA havia proposto o uso de tecnologia de vigilância biométrica nas câmeras de CFTV da universidade. Isso faria com que o rosto de todos que circulam pelo campus fosse constantemente examinado e comparado com um banco de dados. Os próprios estudantes da UCLA reagiram contra a implantação da tecnologia, mas o governo tentou amenizar, alegando que o método seria usado de forma limitada. Mas após manifestações contra o método, a Universidade desistiu de implantar a tecnologia.
O Fight for the Future defende que a tecnologia, se usada, pode gerar identificações errôneas, o que levaria a uma série de consequências com diferentes níveis de severidade. "Os alunos poderiam não conseguir entrar em seus dormitórios ou outros prédios do campus; podem ser marcados incorretamente como 'ausentes' de uma aula que participaram; e a imagem de um aluno ou de um membro da equipe pode ser correspondida incorretamente com uma foto de alguém marcado como uma ameaça, o que pode resultar em interações traumáticas com a aplicação da lei, ou mesmo em detenções falsas", afirma o grupo.
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