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  • O que aprendi com Matrix 4

       (2 reviews)

    Fernando Mercês

    Matrix é um sucesso absoluto para os amantes da computação. Sua história torna o submundo, o underground, algo tangível, ainda que ilusório. Parece que alguém finalmente conseguiu relacionar a teoria de que o universo é uma ilusão, tão explorada em textos filosóficos e religiosos, com os computadores. O sonho de todo nerd.

    O primeiro filme, lançado em 1999, tem nota 8.7 no IMDb – talvez o maior banco de dados com informações sobre filmes, séries e outras produções audiovisuais do mundo – e a nota de Matrix não é para menos: trouxe inovações em efeitos, som e imagem, um elenco incrível, enredo amarrado, personagens marcantes (você provavelmente lembra da Switch com seu “nevou”, do traidor Cypher e da bebida do Dozer, isso sem falar nos protagonistas).

    A espera para o Matrix 4 (5.7 no IMDb) foi grande e a comunidade amante de computação comemorou muito. Comigo não foi diferente. Apesar de ter ouvido algumas críticas, eu fui ao cinema na última terça-feira, desafiando a Ômicron e a H3N2, só para ver o que a diretora Lana Wachowski preparou. Vou contar aqui minhas percepções na ordem em que apareceram. Alerta de spoiler.

    História

    Achei o roteiro do filme maneiro. Colocar o Neo de volta na Matrix e fazer parecer que tudo foi um jogo que ele programou foi genial. Já o objetivo de acordar a Trinity achei bobo. Acorda e aí?

    De qualquer forma, aprendi que é possível reamarrar bem uma história já terminada.

    Inclusão

    Há muitos pretos no filme e muitas mulheres, incluindo uma espécie de protagonista (a Bugs – é, o nome é marmomeno). Curti muito isso e para mim é um exemplo incrível.

    Velhice

    Ver Neo e Trinity mais velhos, mais experientes, foi muito maneiro. Infelizmente isso não foi muito explorado.

    Ninguém precisa morrer

    Audacioso fazer um filme em que nenhum dos mocinhos sequer se fere gravemente. Vai contra quase todas as receitas de sucesso dos filmes de ação. Tudo no Matrix 4 parece ser bem fácil. Interessante.

    Fidelidade

    Os generais de Ion são bem fiéis à Niobe. Um deles diz “Se essa missão é importante pra você, nenhum de nós vai ficar em casa”, quando ela pede voluntários para ajudar no resgate da Trinity. Gostei. ?

    Efeitos

    As porradas no analista têm uns efeitos muito maneiros, mas Neo e Trinity abobam as cenas com um estalar de dedos, infelizmente. De qualquer forma, curti a inovação.

    Transcendência

    Neo e Trinity sabem exatamente o que é a Matrix e por isso não temem nada e controlam tudo. Por um lado é legal, porque realmente se sabemos que esse mundo não é real, nem nos preocupamos.

    Vilões

    Honestamente, não há vilões. Tem o analista que mantém o Neo na Matrix, mas é isso.

    Morpheus

    Enquanto no Matrix 1 o Morpheus é super sério, sabe da verdade e tal, no Matrix 4 o Morpheus é um malandrops que bebe drinks. E totalmente coadjuvante.

    Cenas de Matrix 1

    Muitas cenas do primeiro filme foram refeitas com menos capricho. Um exemplo é a do helicóptero, as cápsulas caindo e a aeronave finalmente batendo no prédio. Pareceu uma e uma tentativa pouco criativa de requentar o que deu certo.

    Trilha sonora

    Saudades do Rage Against The Machine…

    Hacking

    Tem uma única menção e mais nada. Bobo, bobo...

    Miscelânea

    • O Neo não se vê como ele realmente é, mas isso é falado uma vez só no filme e ninguém nunca mais volta no assunto.
    • A Niobe envelhecida me lembrou o Gugu no táxi do Gugu.

    Aprendi bastante coisa do que fazer e do que não fazer, em tudo. Normalmente meu trabalho aqui no Mente Binária envolve criar conteúdo e gerenciar a equipe. Aprendi com Matrix 4 algumas coisas que posso fazer e algumas coisas pra eu não fazer. Por exemplo, tentar "requentar" o que já foi feito não é legal, mas com certeza é possível pegar um curso que foi terminado e encaixar um novo que tenha o primeiro como o ponto de partida. Mas tem que ser realmente novo. Nada de tentar ressucitar o que já morreu. ?

     



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    Andre Silva

       1 of 1 member found this review helpful 1 / 1 member

    Bacana o review, mas ainda não me convenci a assistir… e tudo bem.

    Legal saber das ligações e referências com os filmes anteriores; e que foi possível aprender algo com o filme, acho legal qdo fazemos algo pra descontrair mas surgem ideias valiosas!

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    JCSkater

       1 of 1 member found this review helpful 1 / 1 member

    Ahhh Matrix 4... Como eu queria ter gostado.. 
    O maior problema do filme não é culpa dele, mas sim de mim mesmo: a expectativa! 

    É aquilo, Nem sempre o problema está no que é feito, mas sim na maneira como é feito. 
    ✔️A ideia de revisitar Matrix é ótima (pois esse universo ainda tem muito à ser explorado, principalmente em Prequels)

    ✔️a ideia de manter o Neo preso naquela realidade virtual transformando toda sua lembrança em um jogo que ele mesmo fez é muito boa. 
    ✔️ começar o filme refazendo algumas cenas do primeiro porém de uma maneira diferente eu achei muito bacana. 

    Agora, sério mesmo que precisava mostrar as cenas do primeiro filme? e mais do que isso, sério mesmo que o Neo precisava ver em um telão as cenas do primeiro filme?? qual a necessidade disso? se a ideia era mostrar que eram cenas do jogo, então que fizessem a cena em computação gráfica. Como que o Neo enxerga a cena do mesmo ponto de vista que nós expectadores assistimos? tinha uma câmera nos olhos do Neo e do Morpheus? isso daí eu não consigo aceitar não. 

    Achei ótima a nova personagem Bugs, pra mim o filme poderia ter sido todo centrado nela e ter Neo e Trinity apenas como coadjuvantes passando o bastão.
    Não vi necessidade de Neo e Trinity serem os protagonistas novamente, mas entendo que mais do que nunca a diretora quis fazer uma história de amor com pitadas de Sci-fi e não um Sci-fi com pitadas de amor. 

    Eu queria ter gostado, afinal é Matrix e eu amo esse universo, mas eu não estava disposto a ver um filme centrado na história de amor, mesmo que houvesse amor nos outros 3 filmes. 

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