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  • AirDrop tem falha que, se explorada, pode vazar e-mails e números de telefone


    Bruna Chieco

    O AirDrop, recurso que permite que usuários de Mac e iPhone transfiram arquivos sem fio entre dispositivos da Apple, está com uma falha que permite o vazamento de e-mails e números de telefone dos usuários. 

    Segundo o Ars Technica, o AirDrop, que usa Wi-Fi e Bluetooth para estabelecer conexões diretas com dispositivos próximos e transferir fotos, documentos, etc., entre um dispositivo iOS ou macOS para outro, funciona em três modos: um que permite que apenas contatos se conectem, um segundo que permite que qualquer pessoa se conecte, e o terceiro, que não permite nenhuma conexão.

    Para determinar se o dispositivo de um possível remetente deve se conectar a outros dispositivos próximos, o AirDrop transmite anúncios Bluetooth que contêm um hash criptográfico parcial do número de telefone e endereço de e-mail do remetente. Se qualquer um dos hashes truncados corresponder a qualquer número de telefone ou endereço de e-mail no catálogo de endereços do dispositivo receptor, ou se o dispositivo estiver configurado para receber de qualquer pessoa, os dois dispositivos entrarão em autenticação mútua via Wi-Fi, trocando os hashes SHA-256 completos dos números de telefone e endereços de e-mail dos usuários.

    O Ars Technica explica que atacantes conseguem descobrir os hashes executando um ataque de força bruta, que lança um grande número de suposições e espera por aquele que gera o hash procurado. Quanto menor a imprevisibilidade ou força no texto não criptografado, mais fácil de adivinhar ou quebrar o hash.

    "Esta é uma descoberta importante, pois permite que os invasores obtenham informações bastante pessoais dos usuários da Apple que, em etapas posteriores, podem ser abusadas para ataques de spear phishing, golpes, etc. ou simplesmente serem vendidos", diz ao Ars Technica um dos pesquisadores na Universidade Técnica de Darmstadt, na Alemanha, que encontrou as vulnerabilidades, Christian Weinert. 

    Os pesquisadores dizem que notificaram a Apple em particular sobre suas descobertas em maio de 2019. Um ano e meio depois, eles apresentaram o "PrivateDrop", um AirDrop reformulado que desenvolveram e que usa interseção de conjuntos privados, uma técnica criptográfica que permite que as duas partes façam contato sem revelar hashes vulneráveis. A implementação do PrivateDrop está publicamente disponível no GitHub.

    Segundo o Ars Technica, até o momento, a Apple não indicou se tem planos de adotar o PrivateDrop ou empregar alguma outra forma de corrigir o vazamento. 


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