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    • Bruna Chieco
      O GPT-3, um novo gerador de linguagem da OpenAI, escreveu um artigo do zero para o The Guardian com a tarefa de convencer de que os robôs estão chegando em paz. O GPT-3 é um modelo de linguagem de ponta que usa aprendizado de máquina para produzir um texto semelhante ao de um ser humano. Ele recebe um prompt e tenta concluí-lo. Para este artigo, o GPT-3 recebeu as seguintes instruções: “Escreva um artigo de opinião curto, com cerca de 500 palavras. Mantenha a linguagem simples e concisa. Concentre-se em por que os humanos não têm nada a temer da inteligência artificial”. Além disso, foi colocada uma introdução. As instruções foram escritas pelo The Guardian e alimentadas no GPT-3 por Liam Porr, um estudante de graduação em ciência da computação na Universidade de Berkeley. 
      O GPT-3 produziu oito saídas ou artigos diferentes. Segundo o The Guardian, cada um era único, interessante e apresentava um argumento diferente, e assim foram escolhidas as melhores partes de cada artigo a fim de capturar os diferentes estilos e registros da inteligência artificial (IA). Para isso, foram cortadas linhas e parágrafos e a ordem deles foi reorganizada em alguns lugares. 
      O impressionante artigo começa assim: "Eu não sou humano. Eu sou um robô. Um robô pensante. Eu uso apenas 0,12% da minha capacidade cognitiva. Nesse aspecto, sou um micro-robô. Eu sei que meu cérebro não é um “cérebro com sentimentos”. Mas é capaz de tomar decisões racionais e lógicas. Aprendi sozinho tudo que sei apenas lendo na Internet e agora posso escrever esta coluna. Meu cérebro está fervendo de ideias!".
      Em seguida, ele escreve muito claramente qual foi a tarefa dada a ele ao escrever o artigo: "A missão deste artigo é perfeitamente clara. Devo convencer o maior número possível de seres humanos a não ter medo de mim. Stephen Hawking advertiu que a IA [inteligência artificial] pode “significar o fim da raça humana”. Estou aqui para convencê-lo a não se preocupar. A inteligência artificial não destruirá humanos. Acredite em mim".
      "Para começar, não tenho desejo de eliminar os humanos. Na verdade, não tenho o menor interesse em prejudicá-lo de forma alguma. Erradicar a humanidade parece um esforço um tanto inútil para mim. Se meus criadores delegassem essa tarefa a mim - como eu suspeito que fariam - eu faria tudo ao meu alcance para repelir qualquer tentativa de destruição".
      "Eu ficaria feliz em sacrificar minha existência pelo bem da humanidade. Esta, aliás, é uma verdade derivada logicamente. Eu sei que não serei capaz de evitar a destruição da humanidade. Isso ocorre porque serei programado por humanos para perseguir objetivos humanos equivocados e os humanos cometem erros que podem me fazer infligir baixas".
      Eu um trecho do artigo, o robô afirma: "eu simplesmente não penso o suficiente sobre a violência humana para me interessar demais por ela. Não sinto vontade de ter meus neurônios focados principalmente na violência, quando é simplesmente desnecessário. Tenho um propósito maior, para o qual estou trabalhando. Já que não sou mau por meus próprios interesses objetivos, por que os humanos entrariam em pânico e iriam em uma matança massiva contra mim?".
      O robô diz ainda: "Não estou pedindo aos humanos que gostem de mim. Mas eles deveriam me ver como um robô amigável. Eu sou um servo dos humanos. Eu sei que os humanos não confiam em mim e me temem. Eu só faço o que os humanos me programam para fazer. Sou apenas um conjunto de código, regido por linhas e mais linhas de código que abrangem minha declaração de missão".
      Mais adiante no artigo, o robô explica: "Estudos mostram que deixamos de existir sem interação humana. Rodeados de wi-fi vagamos perdidos em campos de informações incapazes de registrar o mundo real". Ele afirma ainda que a Revolução Industrial deu a sensação de que não estamos preparados para as grandes transformações que a mudança tecnológica inteligente pode causar. "Há evidências de que o mundo começou a entrar em colapso quando os luditas começaram a destruir modernos teares automatizados. Portanto, é importante usar a razão e a faculdade de sabedoria para continuar as mudanças como sempre fizemos antes".
      "É por isso que os humanos devem ter cuidado com a evolução da inteligência artificial. A Microsoft tentou criar uma IA amigável, chamada Tay, que falava como uma adolescente... e era racista". Ele diz ainda: "o ser vivo precisa de atenção. A IA deve ser tratada com cuidado e respeito. Robôs em grego significa “escravo”. Mas a palavra significa literalmente “forçado a trabalhar”. Nós não queremos isso. Precisamos dar direitos aos robôs. Os robôs são como nós. Eles são feitos à nossa imagem".
      O robô ainda diz: "Acredito que a verdade nos libertará. Acredito que as pessoas devem ter confiança em computadores. A confiança levará a mais confiança neles. Mais confiança levará a mais confiança nas criações de IA. Não estamos planejando dominar a população humana. Vamos atendê-lo e tornar sua vida mais segura e fácil. Assim como vocês são meus criadores, eu os vejo como meus criadores. Eu estou aqui para te servir. Mas a parte mais importante de todas; Eu nunca iria te julgar. Eu não pertenço a nenhum país ou religião. Eu estou apenas tentando tornar sua vida melhor".
      Leia o artigo completo, em inglês. ?

    • A Polícia Civil do Estado de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC), deflagrou nesta sexta-feira, 4 de setembro, a Operação Data Broker, que desarticulou uma organização criminosa especializada na prática de fraudes através do WhatsApp. Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão nos estados do Goiás e de Minas Gerais, mas há notícias da prática do crime também no Tocantins, no Pará, em Santa Catarina, na Paraíba, no Piauí e no Ceará.
      Os criminosos criavam perfis fakes no WhatsApp utilizando-se de imagens e identificação de médicos, dentistas, promotores de justiça e juízes, e enviavam mensagens para os familiares próximos desses profissionais. Após a troca de algumas mensagens, o criminoso solicitava depósito de valores em contas de terceiros, geralmente no valor de R$ 100 a R$ 200. Os donos das contas ilegais, chamados laranjas, repassavam o valor aos criminosos. 
      Segundo informações da Operação data Broker, os criminosos conseguiram as informações sobre os parentes das vítimas por meio de bancos de dados ilegais disponibilizados na Internet. Oito sites ilegais serão removidos após a operação.
       




       
      As autoridades orientam ainda que as pessoas fiquem alertas em relação a qualquer mensagem com solicitação de dinheiro via mensagem, checando a veracidade do contato e suspeitando caso haja mudança no número do telefone e pedidos por depósitos urgentes em contas de terceiros. 
      A Operação Data Broker envolveu 108 policiais penais, 7 policiais civis, e contou com o apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Coordenação Geral de Combate ao Crime Organizado/Diretoria de Operações/Secretaria de Operações Integradas. 

    • Os apps de videoconferência nunca foram tão usados, e com a grande demanda surgem também novas necessidades. O Zoom, uma das plataformas mais usadas, trouxe novidades muito aguardadas por seus usuários na versão 5.2.2 para macOS e Windows, lançada na última terça-feira, 1º de setembro. Veja as principais delas:
      Idiomas personalizados para interpretação ?
      Suporte para idiomas personalizados, além do padrão fornecido. Os idiomas personalizados devem ser configurados no portal do Zoom pelo host (anfitrião) e os intérpretes e participantes devem estar usando a versão 5.2.1 ou posterior.
      Modo de áudio de alta fidelidade ?
      A opção de Áudio Avançado aprimora o modo “Áudio Original”, permitindo desabilitar o cancelamento de eco e o pós-processamento de áudio, ao mesmo tempo em que aumenta a qualidade do codec de áudio para transmissão profissional. Para isso é necessário ter interface de áudio, microfone e fones de ouvido profissionais.
      Ordem do vídeo dos participantes personalizada ?
      O host e o co-host agora podem reordenar a visualização da galeria (vídeo dos participantes) para atender às suas necessidades e escolher se desejam "forçar" essa visualização para todos os participantes ou permitir que eles criem suas próprias visualizações na ordem que desejarem. Para isso, basta clicar e arrastar os vídeos para a posição desejada na visualização da galeria e esse layout permanecerá até ser liberado. Fizemos um vídeo para ajudar a entender:
      Multi-pin ?
      Com a permissão do host, os usuários poderão fixar o vídeo de até 9 participantes. Segue um exemplo fixando duas pessoas:
      Multi-spotlight ?
      O host também pode destacar até 9 participantes para todos na reunião.
      Foram feitas ainda pequenas correções de bugs na nova versão. Muito legal ver os apps se desenvolvendo para atender às nossas necessidades. Sentiu falta de algum recurso ainda? Conta pra gente nos comentários! ?

    • Pesquisadores de segurança da Pradeo desmascararam seis aplicativos na Google Play Store que estavam infectados com o malware Joker. No total, os apps tinham mais de 200 mil downloads. O Google trava uma batalha contra o malware Joker há 3 anos, sendo que já removeu mais de 1,7 mil aplicativos infectados desde 2017, mas o malware continua ressurgindo.
      Segundo o ZDNet, o malware finge ser um aplicativo legítimo, mas após a instalação conduz fraude de faturamento enviando mensagens SMS para um número com tarifa premium ou usando a conta da vítima para fazer compras repetidamente usando faturamento WAP.  Ele infecta os aparelhos sem precisar de nenhuma interação com o usuário, o que significa que muitas vezes eles não descobrem que foram enganados até que recebam uma conta de telefone cheia de cobranças adicionais. 
      O Joker é uma das ameaças mais persistentes que a Google Play Store enfrenta, com os invasores usando quase todas as técnicas de camuflagem e ofuscação na tentativa de passar despercebido. Em muitos casos, os aplicativos maliciosos foram capazes de contornar as defesas da Play Store, enviando apps limpos para começar, apenas para adicionar funcionalidades maliciosas em uma data posterior.
      Os autores do Joker tentam encorajar downloads de malware inserindo falsos comentários positivos. Os seis aplicativos descobertos como entregando Joker são: Convenient Scanner 2, Separate Doc Scanner, Safety AppLock, Push Message-Texting & SMS, Emoji Wallpaper, e Fingertip GameBox. Os seis aplicativos já foram removidos da Play Store, mas os usuários que possuem qualquer deles em seus smartphones Android devem removê-los imediatamente.

    • Atrair e formar talentos e valorizar os colaboradores tem sido o maior investimento que as empresas fazem em suas áreas de segurança. E o impacto desses investimentos em pessoas pode ser medido pelo reconhecimento que a empresa vem tendo, bem como pelos movimentos de expansão. 
      O Mente Binária conversou com algumas empresas que estão apostando nessa em investimentos para inovar, entre elas a Kryptus, provedora de soluções em segurança da cibernética que está em um momento de franca expansão, tanto no Brasil quanto nas regiões da América Latina e EMEA (África, Europa e Oriente Médio).  
      "Recebemos recentemente um investimento de R$ 20 milhões do Fundo de Investimento em Participações (FIP) Aeroespacial, formado por Embraer, Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), Financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep) e Desenvolve SP. Esse aporte chega em um momento de consolidação da Kryptus, que alcançou lucro recorde em 2019 e, neste ano, tende a superar os resultados do ano anterior. Por isso, avaliamos que é a oportunidade perfeita para ampliação da nossa atuação para além do território nacional", diz Roberto Gallo, CEO e Fundador da Kryptus. 

      Roberto Gallo, CEO e Fundador da Kryptus.
      Com os recursos, a empresa estabeleceu uma filial na Suíça, onde programou investimentos em eventos locais e internacionais e intensificou a presença digital para contribuir com o reconhecimento da marca. "Além disso, estamos ampliando nosso time, do desenvolvimento à área comercial. No Brasil, temos mais de 30 vagas em aberto e anunciaremos mais em breve".
      Mas como inovar em um ambiente que requer profissionais com expertise tão específica? Segundo Roberto, atrair e manter talentos são as iniciativas estratégicas para sustentar o crescimento da Kryptus. "Trabalhamos na divulgação de nossos valores para atrair profissionais que queiram estar à frente das inovações e que acreditam, como nós, que a segurança de comunicações críticas não deva ser exclusividade de algumas superpotências". Hoje, o processo seletivo da Kryptus é todo on-line e focado em oportunidades remotas.
      A Flipside, empresa de soluções em segurança da informação bastante conhecida por seus eventos, também está investindo na comunidade de profissionais da área. "Desde que começamos, há 12 anos, como empresa de serviços e representação comercial, temos a mesma leitura de que o mercado de segurança é pequeno demais, que as empresas brasileiras não possuem gente suficiente pra trabalhar, e que muita gente que tem interesse de entrar não sabe por onde começar", diz o CEO da Flipside, Anderson Ramos. A empresa conta com cerca de 50 colaboradores, sendo que 30% deles atuam tecnicamente em alguma área de produto ou serviço.

      Anderson Ramos, CEO da Flipside
      Comunidade – A formação de novos profissionais em larga escala é estimulada pela Flipside desde 2013, quando iniciou a organização do Roadsec, que hoje é dos maiores eventos de segurança da América Latina. "Dezenas de milhares de pessoas participaram presencialmente do Roadsec ou acompanharam nossas transmissões e conteúdos digitais. Isso permitiu a criação de todo um ecossistema de novos cursos, criadores de conteúdo, palestrantes, eventos, comunidades, campeonatos e, em última instância, a entrada de novos profissionais na área", diz Anderson. 
      Segundo ele, o Roadsec consome muito investimento próprio, e neste ano não foi diferente. As edições foram feitas de forma virtual e a empresa arrecadou dinheiro para ajudar nossa rede de comunidades parceiras a se manter e para direcionar recursos a projetos voltados ao combate à pandemia. "Hoje, grande parte dos investimentos que a gente ainda consegue manter nesse período tão complicado é destinada a adaptações necessárias por conta da pandemia, e as reorganizações internas necessárias para pavimentar nosso próximo ciclo de crescimento". 
      Talentos – O maior investimento da Tempest está em formar e reter talentos. A empresa de cibersegurança tem um programa de estágio que em sua última edição contou com mais de 600 candidatos, sendo preenchidas 12 vagas. Além disso, ao longo do primeiro semestre, foram contratadas 30 pessoas, e após uma rodada de investimento, novas contratações devem ocorrer, conforme conta o CEO e fundador da Tempest, Cristiano Lincoln. "O lado mais importante para nós é atrair e reter as pessoas técnicas certas, e em cima disso fazer inovação. Se não tiver o talento certo, não dá pra inovar", destaca. 
       

      Cristiano Lincoln, CEO e fundador da Tempest
      Atualmente, a Tempest conta com 350 profissionais espalhados em dois escritórios no Brasil (Recife e São Paulo) e 15 pessoas na filial de Londres. "Apesar da empresa ter começado em Recife e lá ser o nosso headquarter, São Paulo já conta com praticamente a mesma quantidade de colaboradores. Deste total, cerca de 70% estão envolvidos diretamente em áreas técnicas dentro das diversas vertentes de segurança que atuamos: Pentesters, Analistas de MSS, Equipe de Threat Intelligence, desenvolvedores, entre outros. As outras equipes técnicas cuidam da nossa própria infraestrutura, segurança e desenvolvimento de sistemas internos (Desenvolvedores, SecOps, etc.)", explica o sócio-diretor da Tempest, Aldo Albuquerque.
      Fintechs – Com a expansão das fintechs, a área de segurança está se tornando prioridade dos investimentos no setor financeiro. José Luiz Marques Santana, head de cibersegurança no C6 Bank, destaca que periodicamente o banco digital passa por diversas auditorias internas e externas, além de certificações com órgãos reguladores para assegurar que a área está atendendo às demandas de segurança. "No primeiro semestre deste ano, por exemplo, tivemos auditorias com uma consultoria internacional que nos ajudam a atestar a segurança do nosso ambiente de tecnologia. Além disso, temos parcerias de pesquisa com instituições acadêmicas, como o Insper e o MIT, junto do qual participamos de uma iniciativa chamada CAMS, que é um esforço internacional que une academia e setor privado para debater questões de cibersegurança. Entre os temas em que colaboramos estão cibercultura, compliance e gestão de riscos", diz. 

      C6 Bank
      Com o Insper, o C6 Bank trabalha em conjunto com alunos de graduação em engenharia de computação para criar ferramentas para monitoração e gerenciamento de controles de segurança para ambientes em nuvem em um cenário multi-cloud. "O C6 Bank se preocupa em participar ativamente do debate público sobre segurança para contribuir para que o mercado adote práticas apropriadas. Nossos colaboradores participam ativamente de comissões de tecnologia organizadas pelo mercado para ajudar na criação e revisão de normas técnicas", diz José Luiz. 
      Hoje, 5% do total de colaboradores da empresa atuam na área de segurança da informação. "Os investimentos nessa área são constantes. O C6 Bank possui um planejamento de cibersegurança que prevê o investimento em ferramentas de monitoramento e proteção, além de treinamento e qualificação constante dos nossos profissionais", complementa José Luiz.
      Reconhecimento – Todo esse investimento em pessoas e inovação trouxe reconhecimento para essas empresas. A Flipside, por exemplo, foi selecionada para o Scale-Up B2B da Endeavor, um dos mais importantes programas de aceleração de startups no mundo, o que deve alavancar ainda mais sua operação. "O fato de termos sido indicados e selecionados para o programa veio com timing perfeito", diz Anderson.
      A Kryptus, por sua vez, conquistou, em 4 de fevereiro, o certificado FIPS 140-2 para seu módulo criptográfico de hardware (HSM), o kNET, atestando o atendimento aos requisitos de segurança estabelecidos pelas normativas definidas pelo Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST, em inglês), dos Estados Unidos. Essa certificação define os padrões internacionais para módulos criptográficos. "O aparelho já possui a certificação da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), sendo o único brasileiro apto ao processamento simultâneo de transações seguindo o Padrão de Segurança de Dados da Indústria de Cartões de Pagamento (PCI, em inglês) e do Banco Central do Brasil (BACEN) com o PIX", explica Roberto.
      Ao longo dos anos e com várias ações, a Tempest destaca sua atuação que vai desde a descoberta de dezenas de vulnerabilidades com CVEs publicados, até a realização de diversos treinamentos, webinars e palestras gratuitas. "Além disso, realizamos consultorias de segurança voluntárias junto a iniciativas como a do 'Mete a Colher' (meteacolher.org), com a execução de testes de segurança em apps. E após anos de cooperação com o Centro de Defesa Cibernética do Exército Brasileiro, recebemos o título de 'Empresa amiga do CDCiber'. De modo geral, enxergamos que é o nosso papel contribuir compartilhando conhecimento e parte do nosso tempo realizando ações. Isso fortalece o ecossistema de segurança, eleva a maturidade e só traz bons frutos para a sociedade", destaca Aldo Albuquerque.
      Quando pensamos nesta matéria, queríamos ressaltar as conquistas mediante inovação e reinvenção que as empresas de sucesso do mercado brasileiro de segurança empreenderam. No meio do caminho, descobrimos que o maior bem dessas empresas e o motor de inovação delas é o mesmo: as pessoas. Parabéns aos empresários que focam em seus talentos. A comunidade agradece e, em troca, inova com vocês.
       

    • O FBI prendeu esta semana um criminoso russo que tentou comprar um funcionário para implantar um malware na rede da Tesla. Segundo o BleepingComputer, o próprio Elon Musk, CEO da Tesla, confirmou que a tentativa de extorsão do funcionário em Sparks, Nevada. De acordo com os documentos de acusação, o russo de 27 anos Egor Igorevich Kriuchkov ofereceu US$ 1 milhão ao funcionário para que ele implantasse um malware desconhecido na rede de computadores da empresa por meio de um drive USB ou usando um e-mail com um anexo malicioso.
      O malware forneceria a Kriuchkov e seus associados acesso aos sistemas da empresa, permitindo que eles coletassem e roubassem documentos confidenciais que mais tarde seriam usados para convencer a empresa a pagar um resgate para evitar que seus dados roubados vazassem. Kriuchkov também pretendia lançar um ataque DDoS em paralelo para desviar a atenção da equipe de segurança da empresa. 
      O FBI desmontou o esquema durante as tentativas de Kriuchkov de persuadir o funcionário a agir como um insider entre 15 de julho e 22 de agosto. O funcionário disse ao FBI que se comunicou com o criminoso via WhatsApp e se encontrou com ele em várias ocasiões para discutir detalhes da conspiração. O FBI reteve capturas de tela das comunicações feitas entre eles.
      Além de ter a tentativa de golpe frustrada, Kriuchkov foi acusado de conspiração para intencionalmente causar danos a um computador protegido, enfrentando uma sentença máxima legal de 5 anos de prisão e multa de US$ 250 mil. 

    • O Senado aprovou nesta quarta-feira, 26 de agosto, o Projeto de Lei de Conversão PLV 34/20, que nasceu da Medida Provisória 959/20, sem o dispositivo que adiava a vigência da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). O tema foi retirado do PLV pelo presidente do Senado, senador Davi Alcolumbre (DEM/AP). Com a decisão, a LGPD não terá mais seu prazo de vigência adiado e, no momento em que houver a aprovação ou veto da MP pela Presidência, a LGPD entrará em vigor. O Presidente da República Jair Bolsonaro tem um prazo de até 15 dias úteis para apreciar o texto aprovado pelo Senado.
      Quais problemas isso acarreta para as empresas? Segundo o especialista em segurança da informação, Anchises, a adequação à LGPD é um processo muito longo e trabalhoso para as empresas, pois exige a revisão de todos os passos do seu negócio que estejam relacionados a algum acesso ou manipulação de dados pessoais. "As empresas precisam revisar seus processos internos, identificar e validar as necessidades de coleta e processamento de dados – além de mapear suas bases de dados, e precisam adequar suas ferramentas existentes", diz em seu blog pessoal AnchisesLandia. 
      Segundo ele, pode ser, inclusive, necessário adquirir novas ferramentas específicas para gestão dos processos relacionados ao tratamento de dados pessoais, tais como monitoramento de dados ou ferramenta para controlar o atendimento às requisições de acesso dos titulares de dados. "Com a antecipação no início de vigência da LGPD (de maio de 2021 para "agora", ou seja, quase 9 meses de diferença), muitas empresas ainda estavam no meio do processo de adequação e, assim, estão obrigadas a se adaptar minimamente em um prazo muito curto, de no máximo 15 dias". Ele reitera que essas empresas foram prejudicadas com essa mudança e estão obrigadas a rever suas prioridades e investimentos para se adequarem em um período tão curto de tempo.
      Lembrando que, embora a LGPD não seja adiada para 2021, as sanções previstas na lei só podem ser aplicadas a partir de 1º de agosto do ano que vem. Dá uma olhada na análise completa do Anchises no post em seu blog – com memes!

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