O Siloscape é o primeiro malware que tem como alvo os contêineres do Windows – tecnologia para empacotamento e execução de aplicativos. Segundo o ThreatPost, o malware implanta backdoors e nós de invasão para obter credenciais de usuários.
A campanha em andamento perfura os clusters do Kubernetes – sistema de orquestração de contêineres open-source – para a implantação de backdoors, permitindo que os invasores roubem dados e credenciais do usuário ou sequestrem bancos de dados inteiros hospedados em um cluster.
Segundo a reportagem, o malware foi descoberto pelo pesquisador de segurança da Unidade 42, Daniel Prizmant, que o apelidou de Siloscape, ou "Fuga do Silo". O malware explora vulnerabilidades conhecidas em servidores da web e bancos de dados para comprometer os nós do Kubernetes e os clusters de backdoor.
Prizmant fez um trabalho de engenharia reversa para conseguir se conectar ao servidor de comando e controle (C2) do Siloscape, onde descobriu que estava hospedando um total de 313 usuários. Isso implica que o Siloscape é uma pequena parte de uma campanha mais ampla, observou ele. Prizmant destaca que o Siloscape é um malware fortemente ofuscado.
Os pesquisadores da Unidade 42 identificaram 23 vítimas do Siloscape e disseram que as evidências indicam que a campanha foi lançada há mais de um ano, podendo ter iniciado em janeiro de 2020.
A recomendação é que os usuários sigam o conselho da Microsoft para não usar contêineres do Windows como um recurso de segurança. Em vez disso, a Microsoft recomenda o uso estritamente de contêineres Hyper-V para qualquer coisa que dependa da conteinerização como limite de segurança.
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