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  • O que é preciso para escrever um código de qualidade?

    "Escreva para pessoas, não para computadores", já dizia Uncle Bob, autor do livro “Clean Code” de 2008, que reúne algumas técnicas e práticas que ajudam a tornar o código mais legível, coeso e consistente.

    Neste post, vamos descrever algumas dicas de otimização de código desde o viés deste livro e a importância de aliar o código limpo com a Programação Segura, do DevSecOps, para garantir aos desenvolvedores uma melhor qualidade em suas entregas.

     

    Figura ilustrativa de como se mensura a qualidade de um código:

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    Código de qualidade é geralmente definido como um código que funciona como pretendido para o usuário final, sem problemas. No livro que mencionamos, você encontra muitas dicas e recomendações, além de outros exemplos para te guiar.

    Lembrando que um código de alta qualidade tende a ser também mais seguro. Para isso, todo desenvolvedor precisa ter a consciência de que é preciso otimizar o código e escrevê-lo tendo em mente as principais vulnerabilidades, desde o início.

    Funcionou! Então já está bom?

    O código não deve ser medido apenas com base em “funciona” ou “não funciona”. Supostamente, o código que não funciona não é bom. No entanto, o código funcionando não significa necessariamente que está em boa condição.

    Programação em blocos

    Considere programar em blocos, ou seja, tenha uma visão geral do seu código conforme você o escreve. Por exemplo, em linguagens de programação baseadas em blocos, você sabe que o sistema funciona como um quebra-cabeça, cada fragmento é um comando e, em uma série de fragmentos, conseguimos escrever um bloco (ou parágrafo), que por sua vez faz o programa funcionar.

     Comentários nem sempre são legais

    Seja objetivo, evite comentários óbvios enquanto estiver escrevendo seu código. Comentários irrelevantes explicando o que um comando faz apenas poluem seu trabalho. Se você precisar comentar para explicar o código, talvez seja um sinal de que esteja precisando reescrevê-lo.

    Fique ligado nos nomes das funções: eles devem ser autoexplicativos

    Os nomes estão por toda parte: variáveis, funções, métodos, parâmetros, classes, objetos, arquivos fonte, diretórios, projetos, ramificações de controle de versão, etc. Reserve um tempo para escolher bons nomes para cada elemento do seu código. 

    Tenha em mente o seguinte exemplo: se precisarmos de uma função que obtenha as informações bancárias do usuário, não devemos usar um nome como getUserInfo ou algo parecido. Nesse caso, o ideal seria usar algo como getUserBankInfo, sendo mais específico. 

     Evite a repetição de código

    Quando estiver utilizando muitos comandos Ctrl+C e Ctrl+V, pergunte-se se existe uma alternativa melhor. A repetição significa que algum código, dentro do que está duplicado, precisa ser extraído para se tornar uma função.

    Veja este exemplo: 

     Prática de repetição

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    Na primeira parte repetimos a mesma coisa três vezes. A solução de fazer uma função individual, deixando o código mais enxuto, por meio da reutilização é a melhor solução:

     

    Agora evitando a repetição

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    As funções devem ser pequenas

    Funções pequenas ajudam a contar uma história de forma fácil e correta. Elas adicionam ordem, separação de interesses, abstração apropriada e estrutura correta ao seu código. Se nomeadas corretamente, tornam o código limpo, fácil de depurar e simples de seguir. 

    Mas quão pequeno deve ser? Bem, de acordo com o Robert, uma função nunca deve ter mais de 20 linhas de código.

    As funções devem fazer apenas uma coisa

    Uma função não deve afetar outros processos além de sua função pretendida inicialmente.

    Imagine que seja necessário adicionar e subtrair dois números, podemos fazer isso com uma única função. Entretanto, seguindo a boa prática, o ideal é dividir em duas funções. 

    Função que faz mais de uma coisa:

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    Dividindo a função para cada uma servir ao seu papel:

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    Por que dividir? Quando houver funções individuais, elas serão facilmente reutilizáveis durante o desenvolvimento da aplicação.

     

    Código otimizado é sinal de código seguro?

    Seguir essas dicas pode agregar muito na otimização do seu código. No entanto, a filosofia do código limpo não se limita aos tópicos mencionados acima.

    Para muitos Devs, ter um código limpo e rodando sem problemas significa ter um código seguro, mas o que nem todos sabem é que um código performático, não garante que esteja isento de vulnerabilidades.

    Vulnerabilidades e violações de segurança podem existir em qualquer lugar no código. Nesse sentido, você pode acelerar a sua entrega aplicando o princípio Shift-Left, o que significa em outras palavras trazer todo o planejamento e preocupação com segurança, antes mesmo de fazer um commit. 

    Proteja-se contra os ataques conhecidos

    É fácil imaginar que muitos invasores poderão hackear nossas aplicações utilizando vetores de ataques conhecidos, ou melhor dizendo, das vulnerabilidades mais comuns na internet.

    Uma falta geral de conhecimento sobre ameaças famosas da área de segurança e como explorá-las leva à repetição dos mesmos bugs de segurança no código.

    Posto isso, descubra as 10 principais vulnerabilidades do OWASP e como essas explorações populares funcionam.

    Seguir essas dicas de segurança irá protegê-lo de muitas vulnerabilidades futuras e este pode ser o início de sua Programação Segura. 

    Dicas técnicas de programação segura

    Após revisar algumas técnicas de otimização de código com Robert Martin e a importância da segurança na hora de desenvolver uma aplicação, ficou evidente o papel do desenvolvedor na construção de uma aplicação segura e de alta qualidade.

    Portanto, desenvolvemos um conteúdo abordando algumas práticas para te ajudar a desenvolver de forma mais segura para ser proativo em relação às possíveis ameaças de segurança, confira essas dicas do blog da Conviso.

    Gostou deste conteúdo? Inscreva-se no canal de YouTube da Conviso!

     


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    Andre Silva

       1 of 1 member found this review helpful 1 / 1 member

    Muito bom o artigo, com dicas simples e que fazem uma diferença grande na construção de sistemas performáticos e mais seguros.


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