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    • Bruna Chieco
      A CVC Corp comunicou em seu site de compra de passagens e também de seus parceiros que a companhia foi vítima de um ataque cibernético. A empresa informa que prontamente ativou seus protocolos de segurança e está atuando para mitigar os efeitos do incidente. Não há detalhes sobre qual foi o tipo de ataque ocorrido. 
      A CVC esclarece ainda no comunicado que o embarque de clientes com viagens marcadas e as reservas confirmadas não foram impactadas, mas a central de atendimento está temporariamente indisponível.
      Leia o comunicado na íntegra:

      O site https://www.cvccorp.com.br está fora do ar, mas o https://www.cvc.com.br funciona normalmente, com a divulgação do comunicado sobre o incidente. 
      O Mente Binária entrou em contato com a assessoria de imprensa da empresa, que destacou que "em nome da transparência e respeito aos clientes, colaboradores, parceiros, franqueados e com o mercado, a CVC Corp manterá comunicações subsequentes assim que mais informações forem apuradas".

    • Recentemente nós fizemos uma pesquisa com o público do Mente Binária para conhecer melhor a nossa comunidade. Os resultados mostraram que, entre os 529 respondentes, a maioria (49,1%) é profissional da área de segurança da informação, enquanto 32,9% são estudantes e 10,8% são entusiastas e curiosos sobre a área. O público está bem dividido entre iniciante, júnior, pleno e sênior, e esse é um ponto importante para o projeto, já que o nosso objetivo é levar sempre conteúdo aderente ao que a comunidade precisa, em todos os momentos da carreira. "O objetivo da pesquisa foi entender o que o nosso público sente mais falta. A ideia é que os esforços sejam concentrados em projetos que atendam a maior demanda que a gente identificou nos resultados", diz Fernando Mercês, fundador do Mente Binária. 
      Apesar de 59,4% dos respondentes afirmarem que possuem uma formação em faculdade, grande parte (50,9%) também respondeu ser autodidata. E entre as principais formas de aprendizagem apontadas pelos respondentes da pesquisa estão os cursos e vídeos, preferidos por 85,1% e 83,7%, respectivamente, além de livros (73,9%) e artigos (68,1%). Esse é mais um tópico que demonstra a necessidade de que haja um conteúdo mais específico sobre a área, livremente disponível online para que a comunidade possa sempre se atualizar e se especializar. 
      Tem muita gente que já trabalha com segurança da informação entre os respondentes (31,%), mas também temos uma grande parte do público composta por pessoas que querem começar a atuar na área ou que tem curiosidade/interesse no assunto (25,4%).

      Entre os temas da área que o nosso público respondeu ter mais interesse está engenharia reversa (65,8%); segurança de redes (64,5%); pentest (64,5%); análise de malware (59,5%); e conhecer técnicas de ataques (51,4%). "Me chamou atenção que existe um interesse muito grande em pentest e na área de segurança ofensiva como um todo, e um interesse mais discreto na área de segurança defensiva. Isso é algo que precisa ser explorado", diz Mercês.
      Ele reitera que é preciso desenvolver o interesse das pessoas pela área de segurança defensiva, estimulando o público através de mais conteúdos sobre técnicas de defesa e a carreira nessa área. "Vemos que tem muitas vagas abertas em segurança defensiva, sendo que a maioria das empresas precisam de profissionais de segurança em todas as áreas de trabalho relacionadas à defesa. A galera que trabalha na área ofensiva é importante, pois ela descobre as vulnerabilidades, mas precisamos de pessoas que possam corrigi-las".
      Mercês destacou também o fato de que 40% das pessoas responderam que possuem interesse em desenvolvimento seguro, o que é um percentual bem alto. "Por isso, vamos desenvolver conteúdo nesse sentido. A parceria com a Conviso é uma iniciativa que visa gerar conteúdo técnico nessa área", explica.
      Comunidades e conhecimentos técnicos – Colaborador do Mente Binária e coordenador da pesquisa, Anchises Moraes pontuou que se sentiu impactado e admirado pela quantidade de comunidades que os respondentes participam. "As respostas mostraram uma quantidade muito grande de comunidades que eu nem sabia que existiam. Isso é muito legal, porque cada comunidade representa um pequeno nicho baseado em uma área de conhecimento. E o fato de haver várias comunidades, mais do que imaginamos, é positivo por mostrar que a galera está interagindo entre si, fazendo networking, o que fortalece os profissionais na carreira e ajuda também na busca por empregos", diz.
      Para Anchises, vale destacar também o nível de inglês apontado pelas pessoas da área, que ainda é intermediário e básico para a maioria dos respondentes da pesquisa (40,9% e 33,1%, respectivamente). "Para quem trabalha em tecnologia, o conhecimento de inglês é fundamental para o dia a dia e a carreira", pontua, reiterando que o conhecimento mais avançado no idioma abre portas para a leitura de material novo, atualizado, e acesso a palestras de alta qualidade. "Não temos, na comunidade de segurança da informação, uma produção em português que se compare com o que é produzido em inglês. Se há uma limitação de linguagem, acaba-se perdendo a oportunidade de aprender, de se educar profissionalmente e tecnicamente", explica Anchises. Para Fernando Mercês, esse é um desafio que a comunidade possui e que o Mente Binária vem buscando endereçar. 

      Do ponto de vista profissional, muitas empresas exigem um inglês bom, e para chegar em determinadas empresas ou posição, o profissional deve ser fluente no idioma. "A deficiência no inglês pode ser uma barreira profissional em termos de crescimento de carreira, para ter um cargo de liderança, etc. A maioria da população não fala inglês, então não é vexatório, mas do ponto de vista profissional, para tecnologia e segurança, o domínio do idioma é requisito básico, e o diferencial surge quando a pessoa conhece um outro idioma a mais, como o espanhol, por exemplo", reforça Anchises. 
      Ele diz ainda que o principal objetivo da pesquisa foi conhecer o público para entender se o conteúdo oferecido pelo Mente Binária está adequado à expectativa e identificar zonas de melhoria em termos de abordagens. "Queremos entender como o Mente Binária pode adequar o conteúdo para atender às demandas desse público. Por conta dessa deficiência em inglês, por exemplo, se confirmou a necessidade de oferecer alguma atividade relacionada ao uso do idioma", diz.
      A pesquisa também demonstrou uma grande admiração pelo projeto do Mente Binária. No campo aberto para sugestões, praticamente metade dos comentários foram elogios ao projeto, além das diversas sugestões de conteúdo e projetos que recebemos. Isso nos faz ter certeza de que estamos no caminho certo, e alinhados com a nossa comunidade! ?


    • Não conseguir descansar a mente ou se desligar do trabalho, se sentir mais acelerado, não conseguir dormir, pensar somente em trabalhar… esses são alguns dos sintomas detectados em alguém que está entrando em um processo de Síndrome de Burnout. Os sintomas básicos são um estresse constante, o pensamento acelerado, um esgotamento mental, e, mesmo quando a pessoa não está fazendo nada, se sente cansada. 
      Segundo reportagem da Agência Brasil, a síndrome foi incluída na Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019. A matéria traz ainda dados da OMS, que apontam que, no Brasil, 11,5 milhões de pessoas sofrem com depressão. A Síndrome de Burnout vem sendo cada vez mais comum dentro das empresas, e profissionais têm pedido afastamento de seus empregos por conta de doenças mentais relacionadas ao trabalho. 
      Na área de segurança, a pressão do dia a dia pode agravar essa situação. Muitas vezes os profissionais estão enfrentando um processo de estresse alto que pode levar a consequências físicas mais graves e nem percebem, e é importante detectar o quanto antes se essa rotina está afetando a saúde – e evitar que a situação piore. "A área de segurança tem, geralmente, uma carga muito intensa de trabalho. Não existem 8 horas de trabalhos diários, 40 horas semanais, até porque a maior parte das mudanças são feitas em janelas de atendimento durante o dia e mudanças à noite, quando há disponibilidade para alterações nos sistemas sem impacto ao usuário final. O que torna o trabalho com segurança da informação e privacidade tenso é toda a pressão que a responsabilidade da atividade traz para o dia a dia, principalmente pelo vínculo com a saúde do negócio", explica Eva Pereira, CMO, Head Security Awareness e Responsabilidade Social da IBLISS Digital Security e Team Coach de Alianças, Marketing e Privacidade da WOMCY. 
      Eva tem mais de 20 anos de experiência no mercado, atuando com segurança desde 1997. "Sempre trabalhei em média 17 horas por dia. Em um somatório de muitos anos, isso veio plantando uma sementinha que não foi legal", conta. "Quando a gente é muito jovem e tem muita saúde, acha que virar uma ou duas noites sem dormir não tem problema, mas fazer isso durante anos tem uma consequência", alerta.
      Ela diz que a tensão de manter um ambiente seguro e defender um projeto em meio a tantos outros em que a companhia deve tratar, acumula uma dinâmica em uma pessoa que sofre pressão por entregar resultados e acaba gerando uma falta de equilíbrio entre bem-estar e vida social. "Você vai se consumindo no trabalho. Tudo que é excesso traz consequências. Isso formou uma bola de neve, além do acúmulo de funções ou ter que dar conta de tudo, a falta de ir a um parque, andar descalça, um convívio social, foi se somando", destaca. 

      "Você vai se consumindo no trabalho. Tudo que é excesso traz consequências" - Eva Pereira
      Um dia Eva se deu conta que, além de não conseguir dormir, pois o corpo estava cansado e a mente não silenciava, a questão física ficou mais evidente. "Eu tive episódios de dores de cabeça por mais de 15 dias". Uma massagista da própria empresa em que trabalhava na época a alertou: "Toma cuidado, seu corpo cansou de te avisar que algo não está bem". No mesmo dia, Eva foi parar no hospital. "Eu apaguei, não estava falando coisa com coisa, estava confusa, delirando. Fui parar em um hospital, onde soube que estava tendo um princípio de AVC".
      Eva conta que não conseguia produzir muito mais depois disso. "É como se eu quisesse passar a quinta marcha na estrada, o carro pedia, mas eu não conseguia. Perdi o domínio do meu corpo, ele precisava descansar", diz Eva, que iniciou um tratamento natural, retomando suas funções aos poucos ao longo dos anos. "Precisei trocar de emprego, dar uma reviravolta na minha vida e buscar o natural para equilibrar minha rotina. Foram quase 2 anos para retomar à normalidade da capacidade que eu tinha de agilidade".
      Demanda diária – Uma pesquisa do Chartered Institute of Information Security (CIISec) sobre profissionais de segurança aponta que o estresse no local de trabalho pode ser grande, e o número de horas de trabalho nesta área aumentou durante a pandemia de Covid-19. Em média, os profissionais de segurança trabalham 42,5 horas por semana, mas alguns trabalham até 90 horas semanais, o que é preocupante, considerando que o esgotamento é destacado como um grande problema da profissão pelo relatório.
      "Quem escolheu a área de tecnologia já sabia onde estava se metendo. Durante a faculdade já começamos a ter essa visão, ou logo nos primeiros meses de trabalho sabemos que não tem horário, tem uma carga pesada de trabalho, de entrega, de cobrança, de necessidade de se manter atualizado", conta Jorge (nome fictício, pois o profissional preferiu não ser identificado). 
      Com mais de 25 anos dedicados à tecnologia, e desses, pelos menos 17 na área de segurança da informação, Jorge atua como Diretor de Segurança e lida no dia a dia com orçamentos limitados, o que faz com que as escolhas sejam difíceis. "Você dorme com aquilo na cabeça, porque fica ciente que deixou algo descoberto, e isso tira seu sono", destaca. 
      "Você não vai conseguir resolver tudo, não tem super-homem, não tem mulher maravilha.
      A área de segurança não é para heróis", pontua Jorge
      Jorge diz que ao passo em que um atacante vai buscando as brechas e vulnerabilidades, a diversidade de tecnologias e de componentes deixa a empresa cada vez mais exposta. "A transformação digital por si só já te expõe a riscos maiores. Por outro lado, você, como profissional de segurança, precisa viabilizar o negócio e muitas vezes vai dormir com a ciência de que deixou vulnerabilidades descobertas e que alguém pode se aproveitar delas".
      Apesar da pressão diária, o profissional conta que é preciso saber lidar bem com essas adversidades do dia a dia e saber delegar, sem querer carregar tudo nas costas. "Você não vai conseguir resolver tudo, não tem super-homem, não tem mulher maravilha. A área de segurança não é para heróis. É preciso saber dividir para não se sobrecarregar", indica.
      Para quem trabalha na área de segurança, responder a um incidente é um momento estressante de muita pressão. Mas para Anchises Moraes, que é profissional da área de segurança e colaborador do Mente Binária, é possível encarar com mais leveza e uma dose de satisfação. "Para trabalhar na área é preciso ter a ciência de que esse tipo de situação pode acontecer, mas sem que isso te prejudique. É ok também mudar de trabalho se não estiver aguentando a pressão. É preciso priorizar a saúde. Se você não priorizar sua saúde, ninguém vai fazer isso por você", destaca. 
      Primeiros sintomas – "Eu já tinha passado isso uma vez por um afastamento de trabalho quando eu trabalhava em uma grande rede varejista, achando que era um super-herói. Fiquei 80 dias afastado, mas quando fui parar no ambulatório da empresa, e depois no hospital, eu estava em um estado muito crítico", diz Jorge.
      Esse episódio o ajudou, no ano passado, a detectar alguns comportamentos e sintomas parecidos com os que teve naquela época. "Comecei a perceber, em junho, que as coisas estavam estranhas, mas achei que era por conta da pandemia, já que todo muito estava impactado de alguma forma". Ele diz que esse período de isolamento social agravou um pouco mais a situação, por conta da falta de um contato mais próximo das pessoas. "Apesar de ser um cara de tecnologia, eu gosto mais de gente do que de máquina. E eu comecei a sentir falta de happy hour, almoço, olho no olho, uma conversa de corredor. Achei que estava mal por causa disso, e deixei passar". 
      O primeiro sinal de alerta foi quando Jorge chorou no final de uma reunião de equipe. "Fiquei com vergonha, fechei a câmera, e algumas pessoas perceberam, mandaram mensagem. Mas isso já foi um sinal de atenção. Em agosto, eu percebi outros sintomas, como não querer sair da cama, tomar banho, comer... a cabeça estava longe, eu não lembrava o que tinha sido conversado nas reuniões, minha produtividade caiu demais, e comecei a esquecer coisas importantes. Isso impactou minha rotina", relata Jorge. 
      Ele decidiu marcar uma consulta com um psicólogo. Mas após um dia muito intenso de trabalho, Jorge percebeu que realmente precisava de uma pausa. "Um pouco antes da consulta, estourou uma crise em um dos clientes, um incidente grave de segurança. Trabalhei direto, fazendo poucas pausas. Na segunda-feira de manhã, em uma reunião para falar sobre o problema, eu desabei a chorar e acabei desabafando com meu colega. No mesmo dia, o psicólogo me encaminhou ao psiquiatra".
      Jorge teve que lidar ainda com mais um fator, que é o medo e a vergonha de se expor em relação a essa dificuldade. "Eu demorei mais de um mês para aceitar que estava doente. Mesmo com o diagnóstico, eu só comentei sobre isso com minha esposa e com o RH da empresa. Demorei para falar sobre isso com as pessoas mais próximas, que foram poucas, e só depois de uns 3 ou 4 meses que comecei a falar mais abertamente. Eu tinha vergonha e medo dessa exposição. Depois eu entendi que todo mundo tem suas vulnerabilidade e lidar com isso é um sinal de força, e não de fraqueza". 
      Segundo Fabiane de Faria, psicóloga com especialização em Terapia Cognitivo Comportamental, é comum ter medo de falar sobre o assunto, pois existe um estigma quando se fala em doenças psiquiátricas. "Parece que isso demonstra uma certa fraqueza, erroneamente, ou uma certa inabilidade no seu trabalho, que também não tem nada a ver". 
      Pandemia – "Muitas pessoas que já estavam tendenciosas a ter Burnout acabaram tendo porque a pandemia foi uma aceleração, um caminho para tudo aquilo que nos dificultava", diz Fabiane. A psicóloga destaca que para quem tinha tendência a ter ansiedade ou a deprimir, a pandemia serviu como um gatilho para iniciar uma série de movimentos. 
      O especialista em segurança da informação e Head de Resposta a Incidentes na Tempest, Thiago Araújo, notou que nesse período de home office imposto por conta do isolamento social estava trabalhando muito mais do que em um ambiente normal do dia a dia do escritório. "Em casa ficamos sentados muitas horas trabalhando, então comecei a ter problemas físicos na coluna, na perna, e problemas de ansiedade, além de uma fadiga extrema e dificuldade em me concentrar, insônia... Isso foi piorando ao longo da pandemia, e nossa área vem trabalhando muito por conta de um aumento de incidentes", conta. 

      "Hoje eu tento não pegar muitos trabalhos estressantes" - Thiago Araújo
      Em uma semana estressante de escrever relatórios, um cliente acionou a equipe de Thiago na madrugada, e ele começou a trabalhar mesmo não dormindo bem. "Nesse dia eu entrei em desespero, em pânico, eu fiquei paralisado. Minha esposa viu e me levou pra cama. No dia seguinte eu liguei para a psicanalista e avisei os colegas que eu não conseguiria mais trabalhar no caso. Eles entenderam perfeitamente", diz. 
      Thiago relata que não havia ocorrido nada parecido com ele anteriormente, apesar de ter passado por alguns momentos de ansiedade. "Passei o ano de 2020 todo com esses episódios até esse colapso. A gente acaba não percebendo, acha que no dia seguinte estará tudo bem, mas só piora". 
      Ele conta que teve apoio de sua empresa e não ficou afastado legalmente, mas saiu das tarefas mais estressantes de seu trabalho. "Continuei trabalhando normalmente, gerindo a equipe, mas fora do cenário, sem pegar casos extremos. Hoje eu tento não pegar muitos trabalhos estressantes, vou dividindo para a equipe, e chega um momento em que eles trabalham sozinhos. Depois eu ajudo em um relatório, ou no entendimento de uma evidência, tratamento de um caso".
      Papel da empresa – Trazer uma consciência mais humana ao trabalho é resultado de um processo de recuperação, conta Eva. "Eu estudo comportamento humano hoje, e vejo que quanto mais humanizado é o contato com o profissional, melhor resultado eu tenho dele. E o que as empresas precisam não é só cobrar metas, e sim dar voz de uma forma estruturada para que seus colaboradores se expressem, trazendo sua essência e diversidade de opiniões. Se a empresa faz isso, ela tem muito mais futuro e consegue crescer mais forte, além de colaboradores felizes", diz. 
      Eva ressalta a importância de estar em um ambiente de trabalho onde o colaborador é reconhecido dentro de sua importância. "É importante entender que se chegamos em um estado desse, precisamos de apoio de empresas com propósito, que se preocupam efetivamente com o colaborador, e não com um número apenas. As empresas são feitas por pessoas. É preciso proporcionar uma qualidade de vida para que a situação não chegue num ponto de insegurança mental. E se você chegar nesse ponto, que a empresa possa te apoiar na sua recuperação, pois isso é fundamental". 
      Em seu momento de crise, Jorge se sentiu apoiado por sua empresa. "A empresa continuou me pagando integralmente, colocou outra psicóloga à disposição, com quem eu conversava periodicamente, e ficou focada na minha recuperação. Toda vez que eu ensaiava voltar, eles falavam pra eu voltar bem. Na minha experiência, a empresa foi super diferenciada. E não sei se essa é a realidade da maioria delas", destaca. 
      Tratamentos e recuperação – Tratamento é a primeira coisa, o melhor e inevitável caminho para quem quer melhorar, diz a psicóloga Fabiane. Segundo ela, é importante também entender os limites, pois não é falta de vontade, não é desmotivação, nem desinteresse da pessoa que está passando por essa situação. "Na depressão, realmente tem dias que a gente fica muito para baixo, sem vontade de fazer nada, com o humor deprimido. Conseguir entender as nossas limitações, aceitar esses dias, não deixar que eles nos deixem piores e tentar recomeçar é essencial", diz. 
       
      Procurar não ficar focado somente no trabalho também faz parte de um processo de recuperação ou prevenção ao Burnout, diz a psicóloga. "O home office tem deixado as pessoas 100% focadas no trabalho, o tempo todo trabalhando, ligado no celular, no e-mail. Tentar focar em outras coisas, ter uma rotina de trabalho com horários certos, dividir quais são os horários de comer, estar com a família, ter tempo para você, para a sua atividade física… esse é o principal caminho para manter uma mente sã e tranquila", indica.

      "Temos que tomar cuidado, e se não buscarmos o autocontrole, o corpo vai reagir em algum momento" - Anchises Moraes
      Anchises diz que adotou um estilo de vida mais leve e saudável após passar por alguns episódios de estresse durante a pandemia. "Já tive vários momentos que impactaram minha saúde. Meu corpo reagiu e isso foi um sinal de alerta. Temos que tomar cuidado, e se não buscarmos o autocontrole, o corpo vai reagir em algum momento. Pode ser de forma branda ou mais grave. No meu caso, todas as vezes que tive essa percepção tentei desacelerar, diminuir meu estresse com meu trabalho para voltar a ter um equilíbrio", conta.
      Ele ressalta que, na época de pandemia, ao mesmo tempo que não sofria tanto por estar acostumado com o trabalho remoto e ter consciência que é uma fase passageira, chegou um momento que ficou exausto de tanto ficar em casa. "A maioria das minhas opções tradicionais de lazer foram cerceadas. Fiquei limitado. E por isso decidi, este ano, fazer um curso de francês para aprender a relaxar e me desconectar do trabalho, e adotei dois gatinhos para ter uma companhia", diz Anchises.
      Foi isso que Eva também fez após o episódio grave de Burnout relatado anteriormente. Hoje ela aprendeu a silenciar sua mente e a equilibrar trabalho com bem-estar e vida pessoal. Ela relata que na época de sua crise, a vontade foi de abandonar a carreira e os anos de trabalho com segurança. "Quando eu parei para pensar melhor, eu vi que não foi a tecnologia que me fez passar por isso, e sim a ausência de segurança mental para conseguir lidar com a situação no momento, por excesso de pressão e falta de apoio. Por que eu sempre acordei todos os dias? Para, de alguma forma, trabalhar por uma sociedade mais segura. E se eu não me sinto segura em levar meu propósito para os lugares, eu preciso procurar um lugar onde esse propósito se encaixe", destaca Eva. "Meu propósito de vida hoje é cuidar de mim".
      Jorge também conta que está mais focado em cuidar do corpo e da mente, fazendo exercício físico e aulas de violão junto com seu filho. "Mudei a alimentação, comecei a fazer atividades que me dão prazer. E acredito que o autoconhecimento é importante para qualquer área da vida, não somente para quem está em depressão e Burnout", diz. Da mesma forma, Thiago relata que hoje está bem melhor, fazendo terapia, e indica às pessoas a buscarem ajuda antes do corpo entrar em colapso. "Não tenha vergonha", diz.

    • Ao longo dos últimos meses, nós temos compartilhado uma série de artigos sobre o universo da Segurança de Aplicações. A boa notícia para quem se interessou pelo assunto e quer se aprofundar ainda mais no tema é que a Conviso disponibilizou de forma integral e gratuita em seu canal de YouTube o treinamento AppSec Starter - um curso inicial de conscientização em AppSec. 
      Para quem tem interesse em se aprofundar mais sobre Desenvolvimento Seguro e gosta de aprender por meio de cursos, é uma ótima oportunidade de ingressar no universo da AppSec por meio de um curso criado por profissionais que vivem o tema no dia a dia. Além disso, por já estar 100% disponível na íntegra, é possível encaixar as aulas nos horários que melhor se adaptarem na rotina de cada aluno.
      O treinamento é composto por um total de 15 vídeo-aulas, onde conceitos introdutórios são abordados - em linguagem acessível - pelos especialistas da empresa. Ao longo dos vídeos, temas como Modelagem de Ameaças, Owasp Top 10 e Testes de Segurança de Aplicações são abordados. Para conferir o programa detalhado das 15 aulas, clique aqui.
      O curso foi criado originalmente para facilitar a entrada de novos colaboradores da Conviso em uma cultura de AppSec. Agora, ele está aberto e acessível na íntegra para que qualquer estudante ou profissional com interesse em aprender mais sobre o tema possa ingressar nos conceitos iniciais de AppSec. ?
      Público-alvo do treinamento
      Qualquer estudante ou profissional de áreas relacionadas a tecnologia que tenham interesse no tema podem se beneficiar com o treinamento. No entanto, é altamente indicado para profissionais envolvidos com desenvolvimento de software, que certamente poderão tirar máximo proveito das informações contidas no curso.
      Se você consumir o treinamento, não se esqueça de deixar seu feedback nos próprios comentários do canal do YouTube da Conviso, para que mais treinamentos possam ser disponibilizados no futuro. E caso você conheça alguém que se interesse pelo treinamento, não deixe de compartilhar esse conteúdo! ?


    • Hoje o Federal Bureau of Investigation (FBI) e a Cybersecurity & Infrastructure Security Agency (CISA) publicaram um alerta para que empresas se certifiquem de estarem com as proteções em dia contra possíveis ataques de ransomware no fim de semana e feriados prolongados no mundo todo, quando os escritórios das empresas estão fechados geralmente.
      O alerta diz que os órgãos não têm informações específicas sobre ataques já planejados, mas ressalta que em 2021 vários ataques rolaram justamente em períodos como esse.
      Os órgão relembram o seguinte:
      Em maio de 2021, perto do feriado de Dia das Mães, criminosos da gangue que usa o ransomware DarkSide atacaram a Colonial Pipeline, ligada à infraestrutura crítica de energia dos Estados Unidos, resultando em quase uma semana de paralização. Ainda em Maio de 2021, no fim de semana do Memorial Day, uma empresa ligada ao setor agrícola foi atacada por uma gangue usando REvil. Em Julho de 2021 no feriado de 4 de Julho americano, foi a vez do REvil atacar novamente a infra de TI dos EUA. As ameaças mais ativas nos últimos dias incluem:
      Conti PYSA LockBit RansomEXX/Defray777 (este foi usado contra STJ, Embraer, Renner) Zeppelin Crysis/Dharma/Phobos Temos ainda o Nefilim, usado contra a Cosan/Raízen aqui no Brasil.
      Na nota, FBI-CISA recomendam:
      Backup offline. Não clicar em links suspeitos. Se usar, RDP, monitore e assegure-o! Atualizar SOs e aplicações, e buscar vulnerabilidades neles. Usar senhas fortes. Usar autenticação de múltiplo fator. Assegurar as contas de usuários. Ter um plano de resposta à incidentes. No primeiro vídeo da série "Na Lata", eu falo um pouco do tema, respondendo uma das perguntas dos nossos apoiadores:
      No nosso Instagram, também fiz stories fixos sobre o caso da Renner. Se cuide! ?
       

    • Para que a proteção de sistemas de uma empresa funcione, é preciso fazer a avaliação sobre sua segurança, e para que isso seja bem feito, depende da atuação de dois profissionais: os que trabalham fazendo ataques simulados para medir a força dos recursos de segurança existentes em uma organização, e os que identificam como proteger as áreas que precisam de melhoria e estão mais expostas a esses riscos. São eles que compõem as equipes conhecidas como Red Team e Blue Team, respectivamente.
      Normalmente, o que vemos é que Red Team, a área de pesquisa ofensiva, é muito sedutora, sempre mostrada nos filmes ou na mídia, com hackers invadindo sistemas e conseguindo encontrar e explorar vulnerabilidades. O que sabemos é que esse trabalho é muito importante, sim, para ajudar as empresas a saberem onde estão suas possíveis falhas e, assim, protegê-las. É aí que a equipe de defesa, ou o Blue Team, entra. Mas nem sempre ouvimos falar tanto sobre a atuação desses profissionais. "Fazer um vírus que um antivírus não pega é muito fácil. Eu quero ver fazer um antivírus que pegue todos os vírus. Esse é o desafio real", diz Fernando Mercês, pesquisador na Trend Micro e fundador do Mente Binária.
      A segurança ofensiva fica ainda mais "glamourizada" com a quantidade de programas de bug bounty, ou caçadores de recompensa, que hoje existem oferecidos por empresas que querem estimular pesquisadores a encontrar possíveis vulnerabilidades em seus sistemas em troca de uma boa quantia em dinheiro. Mas nem sempre quem vai participar possui tantas habilidades técnicas a ponto de encontrar falhas que realmente impactem o negócio de uma empresa.
      "A importância desse trabalho [de pesquisa ofensiva] para as empresas depende muito do que o pesquisador quer fazer com o achado (vulnerabilidade)", diz Joaquim Espinhara, líder do time de Red Team & Adversarial Simulation na Tesserent. Para ele, a importância deste profissional para a segurança das empresas está sujeita à motivação do próprio pesquisador.
      Espinhara destaca que alguns profissionais que procuram por vulnerabilidades em softwares, depois de provar que é possível explorá-lo, acabam vendendo-a para alguma empresa ou governo que vai usar para fins de espionagem, ao mesmo tempo que pesquisadores normalmente encontram uma falha em um site/aplicação de uma empresa e decidem reportá-la, seja por recompensa ou não. Tem ainda o perfil do pesquisador que coleciona falhas, mostrando-as aos amigos para ganhar os chamados "street credits" – ou seja, pontos por ter feito algo considerado legal ou impressionante.
      Habilidades da pesquisa ofensiva – O conhecimento técnico que o pesquisador deve ter para buscar vulnerabilidades também depende do tipo de falha que ele está procurando, e onde está procurando, diz Espinhara. "Existem muitas classes diferentes de vulnerabilidades. Normalmente o que eu vejo no Brasil e na bolha do bug bounty são falhas relacionadas a aplicações web (SQL Injection, Cross-Site Scripting, File Include, etc)", destaca. 
      Ele ressalta que existem outras vertentes de pesquisa de falhas em sistemas operacionais e software nativos, ou mais recentemente pessoas que estão focadas em blockchain e smart contract security. Na sua visão, os programas de bug bounty são válidos para que pesquisadores tenham opções de rentabilizar o esforço em achar determinada vulnerabilidade. "Empresas deveriam (e até acontece) recompensar de acordo com o impacto da vulnerabilidade ao negócio", avalia Espinhara.
      Mas ele pontua que este mercado, no Brasil, ainda não é tão atrativo, em especial por conta da desvalorização do real perante o dólar. "Normalmente as empresas pagam o bounty em dólar americano. Algumas já se adaptaram a isso no Brasil, mas ainda não é a maioria. Normalmente, quanto maior a recompensa em um programa de bug bounty maior será a quantidade de pesquisadores mais habilidosos/experientes reportando", diz.
      Espinhara começou a atuar na área ofensiva há bastante tempo e já tem mais de 10 anos de experiência. "Assim como muita gente na área, eu fiz o caminho padrão: entrei na universidade (que não concluí), comecei a fazer alguns estágios e em um deles fiquei alocado na área de segurança de redes. Foi um caminho sem volta", conta. 
      Atacar só se for para defender – Espinhara pontua que existe uma má interpretação sobre o que é, de fato, o Red Team. "Conversando com alguns amigos que atuam nesta área de verdade no Brasil, eles me falam que o maior desafio é explicar que Red Team não é apenas um pentest com mais dias de execução", diz.
      Para explicar a melhor definição para Red Team, Espinhara utiliza uma citação de Joe Vest and James Tubberville no livro Red Team Development and Operations: A practical guide: "Red Teaming é o processo de usar táticas, técnicas e procedimentos (TTPs) para emular uma ameaça do mundo real, com o objetivo de medir a eficácia das pessoas, processos e tecnologias usadas para defender um ambiente". 

      "O nosso trabalho é preparar o Blue Team para responder a ameaças reais. Ou seja, sem Blue Team não existe Red Team" – Joaquim Espinhara 
       
      Assim, ele avalia que um dos objetivos do Red Team é mostrar para o Blue Team a perspectiva de um atacante. "O Blue Team faz uma 'leitura' dessa simulação e se prepara para responder a ameaças iguais ou semelhantes em termos de TTPs", diz. "Red Team e Blue Team têm que trabalhar juntos. Por exemplo, aqui na empresa nós só realizamos exercícios de Red Team se o cliente tiver um Blue Team. O nosso trabalho é preparar o Blue Team para responder a ameaças reais. Ou seja, sem Blue Team não existe Red Team". 
      Essa também é a visão de Thiago Marques, Security Researcher na Microsoft. Segundo ele, as duas áreas trabalham juntas, apesar de alguns grupos manterem uma certa rixa. "O Red Tem dá muita informação de como proteger. Eu vejo como duas áreas que realmente se completam", avalia. 
      Ele pontua, contudo, que é comum ver pessoas mais interessadas pela área ofensiva, por ter uma idealização sobre conseguir invadir um sistema e quebrar proteções. "Já na parte defensiva, poucas pessoas veem o trabalho do pesquisador, e quando veem é porque você não conseguiu proteger", destaca Thiago. Na sua visão, o lado negativo é que existem muitas pessoas que se intitulam profissionais ofensivos, mas somente executam scripts.
      Oportunidades na área defensiva – Thiago Marques diz que as oportunidades para quem quer atuar com pesquisa defensiva no Brasil são grandes. Isso porque muitas vezes empresas estrangeiras veem a necessidade de ter pessoas que entendam sobre o ecossistema brasileiro para monitorar e se defender de certos ataques. "Por anos o Brasil tem estado no topo de ameaças, principalmente financeiras, com malwares feitos aqui. E a dificuldade de empresas de fora é que tudo é feito em português. Isso gera uma barreira, porque um estranegito olha uma ameaça específica do Brasil e não consegue entender exatamente o que está acontecendo", conta. 

      "Há profissionais bem habilitados no mercado para realizar pesquisas defensivas, mas nem sempre eles são vistos" – Thiago Marques
       
      Um exemplo é uma ameaça comum no Brasil que envolve boletos. "Um estrangeiro não sabe o que é um boleto. Essa necessidade tem feito com que muitas empresas queiram aumentar a visibilidade dentro da América Latina, buscando profissionais aqui para monitorar e entender esses ataques". Thiago destaca ainda que há profissionais bem habilitados no mercado para realizar pesquisas defensivas, mas nem sempre eles são vistos. "Tem bastante gente boa, que trabalha em qualquer empresa em qualquer lugar do mundo", pontua.
      Segundo ele, para quem quer atuar na parte de defesa, primeiramente é preciso saber analisar malware, ou seja, ter a capacidade de analisar um arquivo. "Isso seria o principal. E para fazer a análise de malware é preciso ter uma noção básica de programação", diz, contando que ele mesmo sempre gostou de programar e começou a fazer isso usando macros do Word. 
      Desde 2007, Thiago é analista de malware, e no ano passado, ele começou a trabalhar na área de proteção da Microsoft, entendendo a forma com que os atacantes usam seus métodos de ataque, e identificando como alertar e bloquear esses ataques, até mesmo aprendendo e tentando prever movimentos que atacantes podem fazer no futuro. "Nunca trabalhei muito na parte ofensiva. Eu escolhi a defensiva porque eu gosto, mas já tive ofertas de trabalho para o Red Team", conta. 
      Thiago ressalta que para aproveitar as oportunidades que a área oferece, as pessoas precisam querer entender como as coisas funcionam. "Os ataques usam sistemas que ninguém está olhando, e é preciso conhecer isso para identificá-los. Ter uma boa base de conhecimento sobre sistema operacional e programação, saber como é o processo entre o que você escreveu até o resultado chegar na sua tela, entender esse fluxo leva tempo, e por isso muita gente acaba pulando essa etapa", diz.  
      Para ele, dedicar um tempo para entender as coisas básicas de funcionamento é essencial antes de focar no que você gosta. "A parte de defesa abrange análise de dados, engenharia reversa, depende muito. Mas ter uma base de como as coisas funcionam vai ajudar em qualquer área", complementa.

    • Você ainda acha que a função de um analista de segurança é restrita apenas a Pentest? Então este artigo é para você. Afinal, esse é um dos erros mais comuns de profissionais em início de carreira. É claro que Pentest é, sim, uma  parte essencial na segurança de aplicações. Mas AppSec vai muito além do Pentest! 
      Na primeira parte deste artigo sobre carreiras em AppSec, abordamos alguns papéis como Product Manager - essencial em empresas de produto, como é o caso da Conviso - bem como profissionais de Sales e de Engineering. Nesta  segunda parte, vamos abordar as diferentes possibilidades de direcionamento de carreira que um Analista de Segurança da Informação pode seguir. 
      Na Conviso, por exemplo, há três times diferentes de Professional Services  em que um Analista de Segurança da Informação pode trabalhar: PTaaS - Pentest as a Service, Consulting e MSS - Managed Software Services. Isso porque a empresa trabalha com as melhores práticas de segurança de  aplicações e, para isso, entre suas ferramentas, utiliza também o modelo da OWASP SAMM, que sugere um conjunto de práticas de segurança que atende todo o ciclo de vida do software. 
       
       
       
      Desenhando soluções seguras 
      O Omayr Zanata (foto ao lado), que é Tech Lead do time de Managed Services, explica que a área de MSS atua em três dos cinco pilares propostos pelo SAMM - Design, Implementação e Verificação. No pilar de Design, por exemplo, ele conta que o time de MSS atua ajudando o cliente a desenhar uma solução pensando em segurança desde o início. 
      "A gente bola a parte da arquitetura segura, executa a modelagem de ameaças, e elencamos os requisitos de segurança necessários, para desenhar uma arquitetura segura. Tudo isso em parceria com o cliente, para garantir a segurança da aplicação desde o início - que é justamente o que manda o famoso conceito Shift Left", explica. "A segurança tem que ser pensada na etapa desde os desenhos iniciais de arquitetura", reforça. 
      Na parte de Implementação, entra a segurança no DevOps, com o building seguro, o deploy seguro e a gestão dos defeitos, por exemplo. Já na fase de Verificação é quando é realizado o Assessment de Arquitetura, bem como os testes baseados em requisitos e os testes de segurança, como por exemplo SAST, DAST, SCA - que, aqui, são automatizados, diferentemente dos Pentests e Code Review, que são manuais.
      Quanto ao perfil de analista que atua na área de MSS, Omayr explica que é  bastante importante que o analista tenha background de desenvolvimento e dois perfis são bastante interessantes para a atuação na área: o primeiro é um perfil mais orientado a DevOps e um segundo perfil mais orientado à arquitetura. 
      "Muita gente acha que precisa ter experiência em pentest para atuar com segurança, e na verdade, os maiores diferenciais nessa área são o background de desenvolvimento e experiência com desenhos de arquitetura, cloud, microsserviços e esteiras de desenvolvimento", afirma. Ele conta ainda que uma boa dica para quem busca uma colocação na área é ganhar familiaridade com o modelo da OWASP SAMM e o OWASP ASVS. 
      Quer trabalhar com o Omayr? Confira as vagas no time dele! 
       
      Treinamentos e capacitações 
      Dentro dos pilares do SAMM, a área de Consulting é voltada para de Governança e Operações - e atua também em Design. Neste time, o Analista de Segurança tem em sua rotina inúmeras atividades que abrangem desde uma documentação de procedimentos até a condução de treinamentos; além disso, deve prestar uma assessoria aos clientes internos e externos em relação às soluções e boas práticas de desenvolvimento e gerenciamento de segurança em seu ambiente. 
      Evandro Pinheiro de Oliveira (foto o lado), que é Analista de Segurança, conta que faz parte do seu dia a dia na área ministrar treinamentos para os times, com a estratégia de formar Security Champions. Isso significa preparar materiais, capacitar pessoas. Ele também atua na parte política, de dar consultoria no suporte a regras e normas - isso tudo o que faz parte do pilar de Governança do SAMM. 
      Já na fase de Design, atuam com o levantamento de Requisitos, aplicando uma estratégia de análise de ameaças, que ocorre na construção de software. No pilar de Operações, é feita a observação de indicadores. “Para trabalhar em Consulting, o pessoal precisa ser mais comunicativo, justamente por estar mais no dia a dia com o cliente - além, é claro, do conhecimento técnico necessário, uma vez que ainda é essencial conhecer as lógicas de programação, para falar com propriedade, embasamento”, reforça.
      Ele conta que embora o time conte com profissionais de experiências variadas - de júnior a sênior - trata-se de uma excelente porta de entrada para o mercado de AppSec, justamente por exigir de pesquisas e estudos constantes sobre todo o ciclo de desenvolvimento - assim, o profissional consegue ter uma melhor compreensão de qual área ele se identifica mais. E o próprio Evandro é prova disso - ele trabalhou por 10 anos com desenvolvimento e tinha paixão por Segurança de Aplicações. Estudou bastante, buscou se familiarizar mais com os conceitos da área e foi atrás de uma colocação no mercado - e foi assim que chegou até a Conviso. 
      É claro que tem vaga nesse time, né? Saiba mais! 
       
      E, enfim, o Pentest! 
      Heitor Pinheiro(foto ao lado), Tech Lead da Área de Pentest as a Service, conta que neste time, em específico, os analistas exercem três grandes práticas: Operations; onde executam todos os projetos, nos mais variados contextos e escopos possíveis. “Resumidamente o objetivo é entregar valor aos nossos clientes através da identificação de vulnerabilidades”, afirma Heitor. 
      A segunda prática é Research, onde os profissionais fazem pesquisa de vulnerabilidade em softwares e serviços utilizados de forma abrangente, buscando proporcionar aprimoramento técnico e comercial através do compartilhamento dos resultados obtidos. 
      Já a terceira se chama Tooling, e eles contam com a ajuda de especialistas em automações, onde eles são responsáveis por nos prover recursos que nos permite operar em alta velocidade e em larga escala. “Um exemplo básico é auxiliar outras equipes especializadas em segurança em seus esforços de automação, definir e possuir métricas e KPIs para determinar a eficácia das automações criadas”, detalha. 
      “De forma muito geral, para atuar em um time de Pentest, o profissional precisa ter uma boa base em desenvolvimento de software/aplicações, redes, sistemas operacionais e muita vontade de aprender, pois nesse universo existem novos desafios todos os dias”, aconselha. 
      Outra dica que ele dá para quem busca trabalhar na área é arriscar-se. Segundo o Tech Lead, boas formas de fazer isso são participando de competições de CTF, contribuindo para a segurança de um projeto open-source; ou mesmo mantendo um projeto ou blog sobre o tema. “Através desses desafios, é mais rápido e divertido de entender o que funciona no mundo do AppSec - e também é uma forma de conseguir maturidade com casos reais”, conclui. 
      Curtiu? Então vem trabalhar com o Heitor! 
       


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